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Economia
Sexta - 22 de Abril de 2022 às 10:58
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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A soja é responsável por 59% da receita da pauta de Mato Groso nas exportações
A soja é responsável por 59% da receita da pauta de Mato Groso nas exportações

As exportações mato-grossenses registraram neste primeiro trimestre do ano receita de US$ 7,11 bilhões.

O vigor do mercado internacional coloca o Estado em posição de destaque também, quando se observa o saldo da balança comercial – fruto das exportações menos as importações –, que fechou o período como o maior do Brasil, US$ 6,14 bilhões, superando estados ‘tradicionais no indicador’ como Minas Gerais e o Pará.

As cifras acumulados ao longo dos três primeiros meses deste ano são recordes para série histórica local e apontam ainda um crescimento anual de 31% sobre o consolidado em igual intervalo do ano passado.

No ano passado, por exemplo, os embarques somaram US$ 5,4 bilhões à pauta estadual.

A performance da soja em grão foi um grande diferencial para o resultado dos embarques de janeiro a março, possibilitando o Estado a ocupar o quatro lugar entre os maiores exportadores brasileiros.

Ainda segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as exportações realizadas ao longo do mês passado garantiram faturamento inédito para o período: US$ 3 bilhões, sendo o melhor saldo da série para o mês de março.

Dos mais de US$ 7,11 bilhões faturados nos últimos três meses, R$ 5,4 bilhões foram originados apenas com as exportações da soja em grão, que a exemplo da receita global, também registrou recorde de vendas para um primeiro trimestre no Estado.

A pujança da soja no cumprimento de contratos de exportações, no período, está diretamente ligada à boa safra, com um ciclo antecipado e sem intercorrências, nem no plantio e nem na colheita.

O momento favorável do grão no Estado permitiu embarques com grandes volumes de soja, ainda no primeiro trimestre, como apontam analistas.

O saldo da Balança Comercial de Mato Grosso, além de ser o maior do País, registra por mais um mês a posição superavitária do Estado, mantendo sua posição exportadora: vendo mais do que comprando.

Saldo comercial superavitário em US$ 6,14 é o resultado da subtração entre o que foi exportado (US$ 7,11 bilhões) menos as importações (US$ 966,2 milhões).

A PAUTA – A soja é responsável por 59% da receita da pauta estadual.

Na comparação entre o primeiro trimestre desse ano, ante o mesmo momento do ano passado, houve expansão na receita em 42,6%.

Em volume, o algodão é o segundo produto da pauta, com faturamento de US$ 813 milhões, o que equivale a 11% do total. Mas na comparação anual dos períodos, há retração de 5,68%.

No saldo do trimestre, a carne bovina registra o terceiro melhor desempenho e responde por 8% de tudo que Mato Grosso faturou nos três primeiros meses do ano: US$ 572 milhões. Na comparação anual há um impressionante crescimento de 61,4%.

O milho ocupa o quarto lugar da pauta, corresponde a 7,3% do total estadual, somando US$ 521 milhões. No ano há elevação de 31,6%.

DESTINOS – Dos mais de US$ 7 bilhões faturados pela pauta estadual, a China é responsável por quase 44% do total.

O maior parceiro comercial de Mato Grosso somou US$ 3,1 bilhões em negócios, 34,8% a mais, em relação o mesmo intervalo do ano passado.

A Tailândia registra negócios de US$ 365 milhões, o segundo maior parceiro do primeiro trimestre, crescimento anual do apetite em 44%.

O terceiro mercado consumidor foi o espanhol, cujas compras somaram US$ 332 milhões, aumento anual de 92%.

A Indonésia vem na sequencia com negócios de US$ 28 milhões (retração de 9,7%). Mesmo ocupando o quinto lugar entre os maiores mercados consumidores de Mato Grosso, o Egito chama à atenção pela expansão do apetite, quase dobrando o volume de compras – alta anual de 96,4% – somando US$ 241 milhões.

IMPORTAÇÕES – Entre janeiro e março deste ano, Mato Grosso importou o equivalente a US$ 966,2 milhões, ou 78,3% a mais na comparação anual.

Mesmo sob efeito da valorização cambial do dólar frente o real neste primeiro trimestre, os mato-grossenses foram as compras e 79% das aquisições registradas pelo Mdic foram de insumos para a agricultura, com adubos e fertilizantes químicos.





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