Morador de Diamantino dança funk em frente a ponte destruída por enchente em MT

A ponte que liga o Bairro São Benedito até a Coahb Morumbi, Bairro da Ponte e Nossa Senhora da Conceição, em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, foi destruída pela enchente registrada em fevereiro deste ano e, desde então, a via está interditada.

No último sábado (23), o empreendedor e morador da região, Jackson Ascari, publicou um vídeo nas redes sociais dançando a coreografia do funk 'Desenrola, bate, joga de ladinho', do grupo Os Hawaianos, para tentar chamar a atenção do município para acelerar a obra no local. Na legenda ele afirma: 'Essa música define'.

Segundo ele, não foi feito nenhum desvio que dá acesso aos demais bairros da cidade, e os moradores enfrentam dificuldades para se locomoverem.

“Na região, tem comércios, escolas, creches e pessoas que precisam ir para a faculdade. Todos estão tendo que dar a volta praticamente até o meio da cidade, e é só dando essa volta para conseguir acessar o centro”, contou.

A Prefeitura de Diamantino informou que a Defesa Civil condenou a ponte logo após a enchente e que, por isso, a equipe de obras do município fez uma intervenção para remover o restante da estrutura.

De acordo com a prefeitura, o projeto para uma nova construção está na fase final da licitação e as obras devem começar nessa quarta-feira (27).

A ponte anterior destruída pelas chuvas media 11,6 metros. A estrutura tinha mais de 40 anos e permitia, por segurança, a passagem de apenas um veículo por vez.

A nova estrutura a ser montada, segundo o município, terá mais de 17 metros e uma passarela para pedestres. A data de entrega, no entanto, não foi informada.

O vídeo publicado por Jackson Ascari em frente à cratera aberta no lugar da ponte repercutiu nas redes sociais e foi compartilhado em páginas de humor, ultrapassando 100 mil visualizações.

“Muitas pessoas postam as coisas indignadas e criticando muito, mas não gosto de arrogância, então decidi fazer o vídeo de uma forma mais saudável e humorada e tenho certeza que vão entender e agilizar [a obra]”, explicou.

Jackson tem dois comércios na região e o problema na estrada prejudicou as vendas. “Tenho um comércio no final da ponte e outro no começo. Prejudica bastante. Eu ainda tenho carro e consigo fazer o percurso mais rápido, e quem não tem?”, pontuou.