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Cidades/Geral
Quinta - 28 de Abril de 2022 às 09:19
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Todos os anos, são milhares de mortes prematuras ocorridas, com forte impacto social, econômico e no setor de Saúde.
Todos os anos, são milhares de mortes prematuras ocorridas, com forte impacto social, econômico e no setor de Saúde.

Em Mato Grosso, os acidentes de transporte terrestre (ATT) configuram-se como a primeira causa de morte, entre as causas externas.

Entre 2019 e 2021, o Estado registrou 3.125 óbitos por ATT, uma média de 1.041 mortes ao ano.

No mesmo período, foram 12.529 internações, o que representa 4.086 hospitalizações ao ano e um custo total de mais de R$ 12,3 milhões, ao longo do período.

Os dados são do DataSUS, tendo como base de referência março de 2022, e constam em boletim da Secretaria de Estado de Saúde.

Todos os anos, são milhares de mortes prematuras ocorridas, com forte impacto social, econômico e no setor de Saúde.

A maior parte das vítimas é do sexo masculino.

Em 2021, os homens tiveram aproximadamente quatro vezes mais chances de ir a óbito por acidentes de transporte do que as mulheres.

Já os motociclistas responderam por 1.323 (42%) vítimas fatais das ocorrências entre 2019 e 2021.

“Para cada óbito feminino por ATT com motociclista ocorrem aproximadamente seis óbitos masculinos”, diz o documento.

Depois, vêm os pedestres com 818 (26%).

Entre os ciclistas, foram 231 (7%) mortes e envolvendo veículo motor, outros 111 (4%) indivíduos perderam a vida, além do registro de 642 (21%) mortes envolvendo outros tipos de condução.

“Os acidentes de transporte são um relevante problema de saúde pública, haja vista sua magnitude e impacto. As mortes têm impacto repercussões nos perfis epidemiológico e demográfico, uma vez que atinge em maiores proporções as populações jovens, sadias e economicamente ativas”, reforça a Secretaria de Saúde.

Os dados apontam ainda que as ocorrências envolvendo motocicletas respondem pela maioria (73%) das internações, num total de 8.928 atendimentos e um custo de R$ 8,8 milhões nos últimos três anos.

Mais de 90% das internações por ATT envolvendo motociclistas são na faixa de jovens e adultos com destaque para os adultos jovens (20 a 29 anos).

Os casos com pedestres corresponderam a 785 (6%) hospitalizações e um gasto de R$ 900,8 mil, e os ciclistas a 581 (5%) assistências médicas e custo de R$ 400,2 mil, além de veículo motor (642) e outros tipos (1.323).

Entre os homens, a taxa de internação, em 2021, foi de 15,2 pacientes para cada 10 mil habitantes e, entre as mulheres, de 5,5 por 10 mil.

E, em relação a faixa etária, o público considerado jovem apresentou a maior taxa no ano passado, com 15 hospitalizações por 10 mil pessoas, seguido do grupo adulto com 12,3/10 mil.

Esses dois grupos responderam por mais de 85% das internações por ATT, nos últimos três anos.

O boletim traz ainda os 10 municípios com taxa de internação por acidente de transporte terrestre superior a 30 atendimentos por 10 mil habitantes.

Na lista estão Primavera do Leste (71,2/10 mil); Alta Floresta (45,5/10 mil) e Carlinda (43,6/10 mil).

Diante dos dados, a Gerência de Doenças e Agravos recomenda a ampliação do programa “Vida no Trânsito” em todos os municípios do Estado, a fim de reduzir a mobimortalidade precoce por essa causa externa.

“Tendo em vista que são os homens jovens e adultos em plena fase produtiva as principais vítimas fatais do transito mato-grossense. Dessa forma, acarreta danos irreparáveis tanto para os familiares como para o Estado”, diz o documento.





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