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Agronegócios
Sábado - 30 de Abril de 2022 às 11:45
Por: Por Ianara Garcia, TV Centro América

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O período de seca chegou mais cedo este ano e já está sendo registrado em algumas regiões do Brasil. Mato Grosso é um dos estados que já sofrem o impacto da falta de chuvas.

Na fazenda do produtor rural Rogério Berwanger, o milho nunca esteve tão seco, essa época do ano. "Nossa média aqui é entre 80 a 120 milímetros, na Fazenda Itapiranga, onde a gente faz a leitura, nós praticamente estamos com só garoa, chuva nenhuma, praticamente desde o dia 25 de março", afirma.

Pelos cálculos do agricultor, a falta d'água deve causar queda na produção de até 60%. "Nós viemos do ano passado já com uma média bem abaixo do ano 2020, e talvez mais um ano bem aquém da produtividade programada, que a expectativa que nós teríamos para essa colheita de 2022".

A propriedade rural fica em Juscimeira, um dos 17 municípios de Mato Grosso, sem chuva há mais de 20 dias.

Lavouras enfrentam a seca — Foto: TVCA

Lavouras enfrentam a seca — Foto: TVCA

O monitor de secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico aponta crescimento de seca grave e extrema nas regiões Centro Oeste e Sudeste.

"No caso específico dessas regiões, são impactos de longo prazo, o que mostra que os 2 últimos anos, os períodos chuvosos anteriores, não foram muito bons. Então houve um acúmulo de déficit, fazendo com que essas regiões continuem apresentando uma seca severa, mesmo após um período chuvoso", afirmou a coordenadora de Articulação para a Gestão de Eventos Críticos da Agência Nacional de Água (ANA), Alessandra Daibert Cury.


A meteorologia aponta que o cenário é resultado de fenômenos climáticos naturais que reduzem as chuvas.

"Você tem um resfriamento do ar que está acima do oceano e, além disso, o Oceano Pacífico evapora menos, e tudo isso acaba sendo distribuído através dos ventos para todo o Globo. Isso muda o padrão de chuva e temperatura em vários pontos do globo terrestre", afirmou o meteorologista Celso Oliveira.

Segundo os especialistas, com a irregularidade de chuvas no verão, antes mesmo do início da estiagem, nessas regiões de seca já instalada. A tendência é se agravar ainda mais. "Podemos ter problemas de prejuízos, prejuízos de produção agrícola, problemas de níveis de Rios e reservatórios de sistemas de abastecimento público. É um período muito estratégico, de gestão do uso da água para os mais diversos setores usuários. Isso já é um alerta para os gestores", disse Alessandra.





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