Júlio: vaidade de pré-candidatos atrapalha consenso para 3ª via Júlio: vaidade de pré-candidatos atrapalha consenso para 3ª via
O ex-senador Júlio Campos (União Brasil) afirmou que vaidades atrapalham o grupo que tenta escolher um nome para ser a chamada "terceira via" na disputa pelo Palácio do Planalto.
O deputado federal Luciano Bivar, presidente do União Brasil, a senadora Simone Tebet (MDB) e do ex-governador São Paulo João Doria (PSDB) e dirigentes do Cidadania têm se reunido para tentar uma candidatura única à terceira via.
Segundo Júlio, estes pré-candidatos não tem apresentado intensão de votos e são nomes inviáveis para concorrer à presidência da República com Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não é tão fácil chegar a um consenso, porque tem a vaidade de vários pré-candidatos inviáveis politicamente. Ninguém quer abrir mão para nada. [...] Os interesses pessoais estão acima dos interesses partidários”, disse Júlio.
Não é tão fácil chegar a um consenso, porque tem a vaidade de vários pré-candidatos inviáveis politicamente
Ele defendeu que o nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) entre no rol de partidos que buscam uma candidatura única. Segundo Júlio, Ciro é único entre os pretensos candidatos que tem viabilidade eleitoral.
“Até agora não conseguiu ter um arranco [a terceira via]. Nos últimos entendimentos, o próprio Ciro Gomes que é uma opção solitária do PDT também deve entrar nessa conversação para também pode ser o candidato da terceira via, porque pelo jeito que está, ele é o mais viável, com 9%, enquanto os outros têm 3%, 2%, 1%”, disse.
Um nome para a terceira via deverá ser anunciado até o dia 18 de maio pelo grupo de partidos (União, PSDB, MDB e Cidadania).
União e Bolsonaro
Questionado sobre o apoio eleitoral em um provável segundo turno entre Lula e Bolsonaro, como apontam pesquisas eleitorais, Júlio disse que o União deve seguir com Bolsonaro.
“Com certeza irá com Bolsonaro. Por questão ideológica, porque 90% do União Brasil é centro-direita, embora eu acredite que a eleição será disputada e difícil. Não é fácil ganhar do Lula”.
“Temos que reconhecer que a candidatura dele é arraigada no meio popular. Mas política tudo muda, ninguém sabe quem estará vivo. Pode bater o novo ‘covidão’, terem infarto. Ninguém sabe. Mas a tendência é uma disputa ferrenha entre Lula e Bolsonaro”, disse.
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