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Economia
Segunda - 02 de Maio de 2022 às 10:19
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Houve retração na oferta de novos postos de trabalho celetistas (com carteira assinada) em 16%, neste primeiro trimestre do ano
Houve retração na oferta de novos postos de trabalho celetistas (com carteira assinada) em 16%, neste primeiro trimestre do ano

O mercado formal de trabalho, em Mato Grosso, retraiu em mais de 71% em março desteano, comparando com o mesmo período do ano anterior.

O Estado parece ter perdido o vigor, pois, no ano passado, no auge da pandemia, haviam sido criadas 3.722 novas vagas com carteira assinada.

Um ano depois, agora com a pandemia sob controle e com a mobilidade voltando ao normal, foram criados apenas 1.090 postos.

Somente a agropecuária eliminou 3.453 postos em março, sendo a única – das cinco atividades econômicas mais importantes do Estado – a cortar frentes de trabalho.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

O saldo de março, em pouco mais de mil novas vagas geradas, é fruto da movimentação do mercado formal com 48.678 contratações e 47.588 demissões.

O fim da safra de soja – Mato Grosso é o maior produtor nacional – explica o volume de demissões acima do de contratações na agropecuária.

Considerando as cinco principais atividades econômicas – Agropecuária, Comércio, Serviços, Indústria e Construção Civil –, o maior gerador de empregos foi Serviços, com 2.360 vagas, seguido pela Indústria com outras 1.215 vagas, Construção com 619 e Comércio – que estava sendo um dos grandes empregadores mato-grossenses – com 349 postos novos.

Chama a atenção ainda a retração na oferta de novos postos de trabalho celetistas (com carteira assinada) em 16%, neste primeiro trimestre do ano.

Conforme o Novo Caged, de janeiro a março deste ano, foram criadas 24.606 novas vagas contra 29.142, em igual intervalo do ano passado.

De janeiro a março, se destacam na geração de emprego, no Estado, Cuiabá, com a criação de 5.326 novas vagas, seguida por Rondonópolis, 2.590, 1.878 em Sinop, 1.541, Várzea Grande e 1.387 em Sorriso.

BRASIL - O Brasil fechou o mês de março de 2022 com a criação de 136.189 empregos formais, segundo balanço do Caged.

O número é menor do que os 153.431 empregos novos gerados em março do ano passado.

O saldo de março último foi resultado de 1.953.071 contratações menos 1.816.882 de demissões.

O estoque de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos no país, encerrou março 41,2 milhões de empregados, variação de positiva de 0,33% em relação ao mês anterior.

No acumulado do ano de 2022, foi registrado saldo de 615.173 empregos, decorrente de 5.820.897 admissões e de 5.205.724 desligamentos.

"Este é o terceiro mês consecutivo que verificamos um crescimento na criação de novos empregos", destacou o ministro José Carlos Oliveira, durante apresentação do resultado.

"Nos permite sonhar em um número acumulado no final de 2022 superior àquele que havíamos programado, que era cerca de um milhão de novos empregos", acrescentou.

Os dados mostram que saldo positivo do nível de emprego em março foi registrado em quatro dos cinco grupos de atividades econômicas.

A maior parte, no total de 111.513 novos empregos, foi gerada no setor de serviços, distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

O setor de construção civil foi o segundo que gerou mais empregos em março, com saldo positivo de 25.059 postos de trabalho, seguido pela indústria (15.260 novos empregos) e comércio, com saldo de 352.

O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo negativo de geração de empregos, com 15.995 desligamentos a mais do que contratações.

REGIÕES - Em termos regionais, o mês de março teve saldo positivo de empregos em quatro das cinco regiões geográficas do país.

No Sudeste, foram 75.804 novos postos de trabalho, seguido pelo Sul, com 33.601 vagas, Centro-Oeste, que gerou 33.601 empregos e Norte, com saldo positivo de 9.357 vagas.

No Nordeste, o saldo da geração de empregos ficou negativo, com desligamento de 4.963 postos em relação às contratações.

A explicação do ministério para o saldo negativo no Nordeste é o período de desmobilização do setor de cana-de-açúcar, especialmente nos estados de Sergipe, Pernambuco e Alagoas, com demissão de trabalhadores temporários.

Em março, 23 das 27 registraram saldos positivos na geração de empregos.

Os estados com melhor resultado foram São Paulo (34.010 postos), Minas Gerais (27.452 postos) e Rio Grande do Sul (13.744 postos).

Já os estados com piores saldos, em que houve mais demissões do que contratações foram justamente do Nordeste: Sergipe (-2.502 postos), Pernambuco (-6.091 postos) e Alagoas (-10.029 postos).

SALÁRIO - De acordo com os dados do Novo Caged, o salário médio de admissão em março de 2022 foi R$ 1.872,07.

O valor é menor que o registrado em fevereiro, com um decréscimo de R$ 38,72, o que equivale a uma variação de -2,03%.

É o terceiro mês seguido que o salário médio de admissão vem caindo no país.





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