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Terça - 03 de Maio de 2022 às 15:54
Por: Lislaine dos Anjos/Mídia News

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O deputado federal Nelson Barbudo (PL) saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, na semana passada, deixou claro seu apoio à reeleição do senador Wellington Fagundes (PL). A declaração frustrou outros pré-candidatos bolsonaristas que tentavam, a todo custo, um apoio na disputa.

Segundo Barbudo, não há o que se discutir: a vaga naturalmente é de Fagundes e, se o grupo quiser garantir um cenário favorável ao presidente em caso de reeleição, deve segui-lo.

“A gente tem que saber o momento de entrar no jogo. Nessa eleição, a vaga é do Wellington Fagundes. Ele é nato. Não adianta”, afirmou, em entrevista ao MidiaNews.

“Meu senador chama-se Wellington Fagundes, que é do meu partido e apoiado pelo meu presidente”, defendeu.

A gente tem que saber o momento de entrar no jogo. Nessa eleição, a vaga é do Wellington Fagundes. Ele é nato. Não adianta

O deputado disse, ainda, que o acordo pró-Fagundes já havia sido firmado em Brasília durante as tratativas para Bolsonaro se filiar no partido, o que ocorreu em novembro do ano passado.

“Na política, a pessoa tem que esperar o momento certo. Bolsonaro precisava de um partido. Eu estava em Brasília quando foi feito o acordo de que, em Mato Grosso, seria Wellington. Isso antes de o Bolsonaro assinar a ficha [de filiação]”, disse.

“Você pode ver que o Wellington sempre se manteve tranquilo, porque o Bolsonaro, quando dá a palavra, cumpre, e já tinha ficado acertado lá atrás que o candidato ao Senado em Mato Grosso seria Wellington”, explicou.

Bolsonaristas frustrados

Para parte dos bolsonaristas em Mato Grosso, a declaração do presidente caiu como um “balde de água fria”.

Isso porque nomes como do presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan (PTB), e do deputado federal Neri Geller (PP) – ambos de partidos que compõem a base aliada de Bolsonaro – se colocam como pré-candidatos ao Senado e disputavam a atenção do presidente, chegando a pedir a ele para permanecer isento na disputa.

Para Barbudo, Bolsonaro respeitou um acordo feito para “ter o PL na mão” e não dava para consultar o Brasil inteiro.

Eu estava em Brasília quando foi feito o acordo de que, em Mato Grosso, seria Wellington. Isso antes de o Bolsonaro assinar a ficha [de filiação]

“É uma questão partidária. Tem coisas na política que a gente tem que aceitar para não prejudicar o projeto maior. Se fosse para atender aos bolsonaristas, teríamos que ter 10 candidatos”, disse.

O deputado afirmou que a “teimosia” em se criar outras pré-candidaturas e tentar ligá-las ao presidente pode acabar prejudicando o cenário político em caso de reeleição de Bolsonaro, projeto que é tratado como o objetivo principal do grupo.

Barbudo lembrou, como exemplo, a eleição suplementar ao Senado ocorrida em 2020 no Estado, quando vários candidatos se lançaram como bolsonaristas e o resultado acabou sendo a vitória de alguém que não era do grupo do presidente.

“Coloca o nosso presidente em dificuldade, deixa os eleitores sem saber em quem votar. Voto dividido, o que acontece? Pode dar chance para uma terceira via [se eleger], o que prejudica o presidente”, avaliou.

“Eu considero que o projeto principal é o presidente Jair Bolsonaro. Depois a gente pensa em Senado e deputados federais”, completou.





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