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Sábado - 07 de Maio de 2022 às 12:05
Por: Lislaine dos Anjos/Mídia News

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Marcos Oliveira Agência Senado
A senadora Simone Tebet (MS), que tem sido o nome apontado pelo MDB para o Governo Federal
A senadora Simone Tebet (MS), que tem sido o nome apontado pelo MDB para o Governo Federal

A deputada estadual Janaina Riva afirmou que não há cenário político favorável para que o seu partido, o MDB, siga insistindo em lançar a senadora sul-matogrossense Simone Tebet na corrida presidencial diante da polarização da disputa entre o presidente Jair Bolsonaro ( PL) e o ex-presidente Lula (PT).

Na avaliação da parlamentar, a pré-candidatura de Tebet surgiu muito tarde no pleito e não traz benefícios a ninguém – nem mesmo à própria pré-candidata – em razão da inviabilidade de destaque na eleição.

“Uma candidatura deve surgir de baixo para cima, não de cima para baixo. O que acontece dentro do MDB é que o partido já está completamente dividido, então a candidatura da Tebet surgiu tardiamente. E não estou falando só por mim”, disse, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

Nós mulheres não podemos mais ser usadas pelos nossos partidos para preencher espaços. Temos que ser candidatas para sermos eleitas

“Líderes do partido, personalidades de 40 anos, 50 anos [de história no partido] já estão comprometidos com Bolsonaro ou com Lula”, completou.

A parlamentar já declarou que seguirá com seu grupo político apoiando a reeleição de Bolsonaro, principalmente em razão da proximidade com seu sogro, o senador Wellington Fagundes (PL), que vai à reeleição e é o candidato do presidente.

Ela pontuou que, apesar de defender a ampliação da participação das mulheres na política, é contra o uso de mulheres como “isca” de votos das eleitoras femininas ou apenas para garantir fundo eleitoral para a sigla.

“Nós mulheres não podemos mais ser usadas pelos nossos partidos para preencher espaços. Temos que ser candidatas para sermos eleitas. Então, não entendo que a candidatura da Simone hoje seria benéfica para ela, nem para o partido ou para nós, mulheres”, disse.

“Porque nós queremos sim uma candidata mulher a presidente da República, governadora, senadora, mas queremos eleger essa mulher. E para isso ela precisa ter um grupo, precisa se articular, precisa se preparar com antecedência”, afirmou.

Janaina elogiou o trabalho feito pela senadora, mas destacou que a eleição do país já está há muito tempo polarizada e que a população só tem dois caminhos a seguir, sendo inviável insistir na discussão de uma terceira via.

“Não há outra possibilidade, em nenhuma pesquisa que seja, que não seja de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro.

Falta de apoio

Janaina ressaltou a divisão existente dentro do próprio MDB quando à candidatura da senadora ao Governo Federal e destacou que se fosse colocada em uma situação como a de Tebet, no cenário estadual, recuaria.

“Se eu fosse candidata ao Governo e meu partido não me apoiasse, eu não seria candidata. Porque se eu não conseguisse conquistar nem o meu partido, como eu seria candidata a governadora para tentar conquistar o restante da população?”, questionou.





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