Pelo menos dez soldados filipinos e nove membros do grupo terrorista Abu Sayyaf morreram em vários enfrentamentos ocorridos durante as últimas 24 horas na ilha de Basilan, no sul do arquipélago, indicou nesta sexta-feira a imprensa local.
O tenente-coronel Randolf Cabangbang, porta-voz do Exército no oeste de Mindanao, disse à emissora de televisão "ABS-CBN" que outros 16 soldados e oito rebeldes ficaram feridos.
O choque começou na manhã de quinta-feira, quando cerca de 50 membros da Abu Sayyaf atacaram o destacamento militar postado próximo a uma plantação de borracha, onde morreram oito militares, e continuou horas mais tarde quando os soldados iniciaram a perseguição a seus agressores.
Segundo Cabangbang, líderes locais da Abu Sayyaf, como Juhair Aliman e Ustadz Hassan Asnawi, se encontram entre os militantes mortos em um ataque liderado por Wyms Wakil, um ex-empregado de uma plantação de borracha despedido há um ano.
As autoridades atribuem ao grupo de Wakil vários casos de extorsão em plantações de borracha em Basilan, além de ataques contra seus trabalhadores e soldados.
Cabangbang assegurou que suas tropas conseguiram encurralar vários membros da Abu Sayyaf e que espera a chegada de reforços para continuar a perseguição.
Fundada por ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética em Basilan em 1991, a Abu Sayyaf perpetrou os atentados mais sangrentos do país e promoveu múltiplos sequestros, além de colaborar com o grupo Jemaah Islamiya, o braço da Al Qaeda no Sudeste Asiático.
A Abu Sayyaf quer estabelecer um Estado islâmico na região, dominada por sultanatos muçulmanos até a chegada dos colonizadores espanhóis.
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