Cidades de MT foram emancipadas na data da Lei Áurea Em 13 de maio de 1976, Garcia Neto assinou as leis que criaram São Félix do Araguaia, Pedra Preta e Tangará da Serra
Mato Grosso tem 141 municípios e 23 deles emanciparam-se em 13 de maio.
A data não é mera coincidência.
Por ser o dia em que se celebra a edição da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, o senador Valdão Varjão pediu ao governador Garcia Neto que passasse a adotá-la sempre que houvesse a elevação de distrito a município.
O governante atendeu e, em 13 de maio de 1976, assinou as leis que criaram São Félix do Araguaia, Pedra Preta e Tangará da Serra.
Na sequência, outros governadores também adotaram a mesma data.
Por sugestão de Varjão, que foi o primeiro senador brasileiro negro, em 13 de maio de 1976, foram elevados a municípios os distritos de Pedra Preta, por um projeto do deputado Afro Stefanini; São Félix do Araguaia, por uma propositura do deputado Ladislau Cristino Cortês; e Tangará da Serra, por iniciativa do deputado José Amando.
Na sequência, nos anos 1980 e na década de 1990, houve a emancipação de Primavera do Leste, Novo São Joaquim, Alto Taquari, Campinápolis, Cocalinho, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Marcelândia, Terra Nova do Norte, Itaúba, Vera, Nova Canaã do Norte, Novo Horizonte do Norte, Peixoto de Azevedo, Sorriso, Nova Olímpia, Indiavaí, Comodoro, Porto Esperidião e Reserva do Cabaçal.
Pedra Preta, Tangará da Serra e São Félix do Araguaia foram as últimas emancipações na área remanescente de Mato Grosso, antes da divisão territorial que, em 1979, criou Mato Grosso do Sul.
No território em que se transformou no novo Etado, no mesmo dia, criou-se o município de Vicentina.
Tangará da Serra, com 107.631 habitantes, é o mais populoso entre os 23.
Em ordem decrescente, Sorriso (94.941), Primavera do Leste (63.876) e Peixoto de Azevedo (35.695).
O bloco dos menores é formado por Indiavaí (2.806), Reserva do Cabaçal (2.754), Itaúba (3.609) e Novo Horizonte do Norte (4.069)
.Porto Esperidião (12.176) e Comodoro (21.249) fazem fronteira com a Bolívia.
Alto Taquari (11.413), na tríplice divisa MT/MS/GO, tem um terminal ferroviário da Rumo Logística.
Sorriso é campeã nacional na produção agrícola e responde, em média, por 2,5% da safra brasileira.
Pedra Preta, em razão da altitude no planalto, antes da depressão para se chegar ao Pantanal, produz sementes e figura entre os principais municípios brasileiros nessa área.
Marcelândia, Terra Nova do Norte, Itaúba, Vera, Nova Canaã do Norte, Peixoto de Azevedo e Sorriso surgiram após a abertura da Cuiabá-Santarém (BR-163), nos anos 1970.
Essas cidades situam-se à margem no eixo de influência da rodovia na região Norte, que se tornou conhecida como Nortão.
Novo Horizonte do Norte, na mesma região, existia enquanto vila, antes da abertura da 163.
Na parte do Vale do Araguaia, situada na região Nordeste, a abertura da BR-158 levou à transformação de vilas em cidades: Novo São Joaquim, Campinápolis, Vila Rica, Cocalinho e Porto Alegre do Norte.
São Félix do Araguaia, o primeiro município emancipado naquela região, é anterior à rodovia.
O acesso a Alto Taquari, também no Vale do Araguaia, mas bem distante da região Nordeste, é feito pela Rodovia Coronel Ondino Rodrigues Lima (MT-100).
Na região da fronteira com a Bolívia, Indiavaí, Reserva do Cabaçal, Porto Esperidião e Comodoro estão no polo de influência da bicentenária Cáceres.
Tangará da Serra e Nova Olímpia foram contempladas, nos anos 1980, com a abertura da Rodovia Transmato-grossense, que é resultante de uma malha viária (BR-364/174 e MT-358/170), que liga Barra do Bugres a Aripuanã.
Também na década de 1980, Nova Olímpia ganhou impulso com a instalação das Usinas Itamarati, do empresário Olacyr de Moraes, para produção de álcool e açúcar.
Primavera do Leste pertencia a Poxoréu, na área de influência de Rondonópolis; as rodovias BR-070 e MT-130 dividem a cidade ao meio.
Pedra Preta era distrito de Rondonópolis e considerada Santuário do Boi, no Vale do Jurigue, o principal rio daquele município.
A rodovia BR-364 cruza sua área urbana.
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