Dorival reconhece jogo ruim, mas vê "campo para crescimento"

No primeiro jogo à frente do Flamengo, sinceridade. O técnico Dorival Júnior em nenhum momento tentou convencer a torcida rubro-negra de que o time teve boa atuação contra a Portuguesa no empate por 0 a 0 no Engenhão, nesta quinta-feir. Muito pelo contrário. Ele compreendeu as vaias e reconheceu as dificuldades. Mas o comandante afirmou que há potencial de crescimento.

"É natural que não fizéssemos uma boa partida. Deixamos a desejar em muitos aspectos. Nós temos que ter calma. É o processo de transição de uma equipe. Alguns garotos estão sendo lançados e, a partir de agora, temos de apostar. Todos nós queremos resultados imediatos, mas é um processo moroso, lento. Precisamos de muito trabalho para que a gente possa melhorar", disse o novo técnico flamenguista, que sequer comandou um treino da equipe antes de acompanhar o time do banco de reservas.

O principal problema do time na análise de Dorival foi o grande espaçamento entre os setores. A dificuldade limitou as possibilidades de sucesso das revelações do clube Mattheus e Adryan, que foram lançadas ao campo com a responsabilidade de decidir.

"Precisamos melhorar nossa compactação. Time muito afastado. Corremos em demasia com a bola. Isso daí complicou muito o rendimento da equipe. Esse é o maior desafio para que esses jogadores possam render. No momento que compactar a equipe, facilita para todo mundo", afirmou o técnico.

Dorival procurou, a todo momento na sua primeira entrevista como treinador do Flamengo, ser realista. Nas palavras dele, a torcida não vai ver o time atuar bem como em um passe de mágica. A equipe ainda vai ter muitos altos e baixos. Mas o técnico espera que, no fim do Brasileiro, o resultado do trabalho seja positivo.

"Eu acredito no potencial deste time. Logicamente que teremos que melhorar. Não podemos contar histórias, jogar mentiras para o torcedor. Teremos muitas oscilações, gostaria de deixar isso bem claro. Precisamos urgentemente de trabalhar com mais intensidade em todos os sentidos para começar a melhorar. Mas vejo campo para crescimento", afirmou.