Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sábado - 14 de Maio de 2022 às 11:28
Por: Liz Bruneto/Mídia News

    Imprimir


Doutora em astronomia, Telma Cenira explica fenômeno
Doutora em astronomia, Telma Cenira explica fenômeno

Para os amantes da astronomia, a noite de domingo (15) e a madrugada de segunda-feira (16) trazem um espetáculo de encher os olhos. O eclipse total da Lua, conhecido como “Lua de sangue”, será visível em Mato Grosso por mais de três horas.

No Estado, a fase do fenômeno visível a olho nu começará às 22h27 (horário local), tendo o ápice à 00h11 – com a Lua totalmente encoberta pela sombra da Terra – e tendo fim à 1h55.

Segundo a doutora em Astronomia Telma Cenira Couto da Silva, o eclipse total da Lua ocorre quando “o Sol, a Terra e a Lua ficam alinhados – ou quase alinhados – e a sombra que a Terra projeta no espaço encobre totalmente a Lua”. Como esta não tem luz própria e sua luminosidade depende do Sol, então ela fica escura.

São três diferentes fases do eclipse, sendo que dois deles se repetem contabilizando cinco estágios.

o Sol, a Terra e a Lua ficam alinhados – ou quase alinhados – e a sombra que a Terra projeta no espaço encobre totalmente a Lua

O primeiro deles é o eclipse penunbral, que não é visível ao olho nu havendo apenas uma opacidade no brilho da lua; o parcial em que a lua parece “mordida” e o total, em que ela fica totalmente encoberta.

Portanto o fenômeno começa com o eclipse penumbral. Entra no parcial até chegar ao eclipse total. Depois se repetem as fases parcial e penumbral.

A fase visível começará às 22h27 com o eclipse parcial. O fenômeno entrará na totalidade – o eclipse lunar total – às 23h29 e atingirá o ápice à 0h11.

Essa fase terá fim à 0h53, dando início, novamente, ao eclipse parcial, que tem fim à 1h55.

Em outubro deste ano haverá outro eclipse, mas os moradores de Mato Grosso não poderão contemplá-lo.

Os mato-grossenses só verão outro fenômeno como este em 2025, nos dias 13 e 14 de março.

Lua de sangue

Segundo a especialista, o termo Lua de sangue é usado apenas para chamar a atenção de leitores e espectadores, diante do misticismo que ele carrega.

A expressão foi introduzida pelos pastores John Hagee e Mark Biltz, que atribuíram um significado espiritual aos eclipses totais da Lua na tetrada lunar que ocorreu em 2014 e 2015.

A tetrada é um fenômeno raro, que concentra em curto espaço de tempo, de 6 em 6 meses, quatro eclipses totais lunares. O próximo acontecerá em 2032 e 2033.

“Eu nem posso afirmar que a Lua ficará vermelha nesse dia, somente quando ela chegar no máximo do eclipse (à 0h11) é que você determina de que cor ficou”.

Conforme Telma, ela pode apresentar diferentes tonalidades, mas dificilmente será um vermelho sangue. “Uma delas, o mais normal, é o vermelho, mas pode ficar laranjada, marrom, pode ficar tudo escuro”, destacou.

A astronomia, de acordo com Telma, não vê nenhum tipo de interferência sobre a Terra em decorrência ao fenômeno. “Os especialista conseguem avaliar apenas como está a atmosfera naquele dia, quanto mais avermelhada, mais poeira e fumaça há”, explicou.

Isso não impede que o misticismo amedronte as pessoas. A especialista recorda que no eclipse de 2015 ela estava convidando pessoas para assistirem o fenômeno, quando ouviu de um segurança: “Eu não vou ver, na igreja falaram que essa ‘Lua de sangue’ era coisa do demônio”.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/452274/visualizar/