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Cidades/Geral
Segunda - 16 de Maio de 2022 às 10:45
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Em relação ao tipo de droga circulante, no geral, 3,25% afirmaram que o crack é a droga predominante
Em relação ao tipo de droga circulante, no geral, 3,25% afirmaram que o crack é a droga predominante

Estudo do Observatório do Crack, da Confederação Nacional de Municípios (CNM) ,feito com 45 (31,91%) dos 141 municípios de Mato Grosso, apontou que 37 enfrentam o problema com a circulação de drogas.

Destes, 11 apresentam nível alto de problemas decorrentes do consumo de crack e outros entorpecentes, nove apontaram ter baixo nível de dificuldades e 17 têm grau médio.

Somente oito apontaram não ter problemas.


Pesquisa datada do ano de 2020 foi feita por meio de questionário on line e respondido por representantes das gestões municipais participantes.

Em nível nacional, das 5.568 cidades brasileiras, 1.599 responderam aos questionamentos, representando 28,72% do total.

Segundo o levantamento, em Mato Grosso, as localidades que afirmaram enfrentar elevado grau de dificuldade por conta das drogas são Alto Taquari, Campo Novo do Parecis, Guarantã do Norte, Jaciara, Mirassol D’Oeste, Porto Espiridião, Rondonópolis, Salto do Céu, Sorriso, Tapurah e União do Sul.

Os que têm nível médio são Aripuanã, Barão de Melgaço, Bom Jesus do Araguaia, Campo Verde, Castanheira, Chapada dos Guimarães, Cocalinho, Confresa, Curvelândia, Denise, Itanhagá, Nova Brasilândia, Nova Mutum, Paranatinga, Ribeirãozinho, São Pedro da Cipa e Sapezal. Com grau baixo estão Arenápolis, Carlinda, Conquista do Oeste, Cotriguaçú, Gaúcha do Norte, Ipiranga do Norte, Nova Monte Verde, Santa Terezinha e Vera.

Já os que não afirmaram não passar por este tipo de situação são Feliz Natal, Luciara, Nossa Senhora do Livramento, Nova Nazaré, Nova Ubiratã, Pontes e Lacerda, Santa Rita do Trivelato e Serra Nova Dourada.

Em relação ao tipo de droga circulante, no geral, 3,25% afirmaram que o crack é a droga predominante, e não houve indicação sobre o uso de outras drogas unicamente.

Contudo, quando solicitada a informação sobre a circulação de crack e outros entorpecentes conjuntamente, 73,80% indicaram esta situação.

Não responderam ou não souberam informar a esta questão 22,95% dos entrevistados.

Para a CNM, os dados provam que, desde que o primeiro estudo foi divulgado, no ano de 2011, a circulação de drogas está presente na maioria dos municípios do país, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte.

Aponta ainda que o combate aos crimes na fronteira sempre foi um dos principais desafios da segurança pública no Brasil - com aproximadamente 17 mil quilômetros de extensão -, a faixa de fronteira do país envolve 11 estados e 588 municípios.

Contudo, o financiamento de políticas públicas destinado a esta região específica do país é insuficiente.

“Portanto, aparelhar as unidades policiais e realizar treinamentos são formas concretas de combate ao tráfico de drogas, assunto que preocupa gestores municipais, conforme comprovado nas pesquisas e estudos da CNM”, diz.

FRONTEIRA - A CNM destaca a criação a Frente Parlamentar de Defesa das Fronteiras Internacionais, já aprovada por senadores.

Conforme informações da assessoria de imprensa, a iniciativa busca resguardar os interesses do país na proteção de suas fronteiras, de acompanhar políticas e ações públicas dirigidas, relacionadas ou que interfiram nas fronteiras brasileiras.

Estão previstas realizações de audiências públicas, além de fóruns de discussão sobre os problemas e desafios enfrentados pelos gestores municipais da faixa de fronteira, principalmente, aqueles caracterizados como cidades gêmeas no processo de integração entre os nacionais fronteiriços.

A consultora da CNM, Mariana Boff Barreto, observa que “esta gigantesca extensão territorial e o fato de sermos vizinhos dos maiores produtores de maconha e cocaína do mundo, possibilita que o Brasil seja um corredor para o tráfico internacional de substâncias psicotrópicas, isto impacta, principalmente, os municípios fronteiriços”.





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