Barranco: PT nacional "ecoou voz" do estadual ao barrar atriz Deputado nega que episódio tenha gerado desgaste na sigla; Ester pode recorrer na Justiça
Presidente regional do PT, o deputado estadual Valdir Barranco disse que o diretório nacional respeitou a sigla em Mato Grosso ao manter a decisão que barrou a filiação da atriz pornô Ester Caroline Pessatto, a “Tigresa Vip”.
“Recebi com tranquilidade. É uma decisão de instância nacional e que ecoa a voz dos dirigentes daqui, que votaram pela suspensão dessa filiação”, disse Barranco na manhã desta quarta-feira (18).
Em meados de abril, uma comissão do PT de Mato Grosso havia decidido, por maioria, anular a filiação da atriz pornô, após o anúncio de sua pré-candidatura a deputada estadual ser alvo de críticas e deboche.
Questionado se houve desgaste na sigla, Barranco garantiu que os petistas não “se abalaram”.
“Não houve desgaste nenhum. Nós temos um dever e compromisso maior que é com o Brasil. Acima de qualquer ato individual de deputado, ou membro do PT, temos o dever e obrigação de lutar pela eleição do presidente Lula, e por fazer uma vaga a federal. [...] Nós estamos muito focados nisso. Em momento algum isso abalou o PT ou nossa militância”, afirmou.
Recurso
Após o anúncio do diretório nacional, o advogado Paulo Lemos, que defende a atriz pornô, afirmou que ingressará nos próximos dias com um recurso junto a Justiça Eleitoral.
Barranco garantiu que se o Poder Judiciário entender pelo processo de filiação, o partido irá cumprir.
Cada um busca seus direitos nas instâncias competentes e o Brasil tem intuições fortes. [...] Assim como dissemos desde o início que obedeceríamos às decisões das instâncias superiores, nós também iremos cumprir, em havendo decisão judicial favorável”, disse.
E emendou: “Eu se fosse ela já teria ingressado”.
Contudo lembrou que, segundo regimento interno do partido, a decisão deverá ser tomada até o dia 29 de maio, quando ocorre o encontro de tática.
No PT, é no encontro de tática que são definidos os nomes que deverão disputar a campanha eleitoral. Assim, à época das convenções, esses nomes são apenas chancelados.
“Se no encontro de tática o nome dela for aprovado pela maioria, ela terá direito a vaga [a pré-candidata a deputada estadual]”.
Pré-candidatura
Ao barrar a filiação de Ester, Barranco sofreu ataques até de petistas, segundo os quais ele teria agido por “interesse eleitoral”. Conforme fonte do próprio partido, o deputado temia que Ester cooptasse parte do seu eleitorado.
Barranco reiterada vezes negou o boato, e garantiu que a filiação de Ester foi barrada por vícios no processo.
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