Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Sexta - 20 de Maio de 2022 às 23:52
Por: Da Redação

    Imprimir


“Ao longo dos mandatos de presidente do Sistema Famato, da Aprosoja Mato Grosso e da Aprosoja Brasil mantive permanentes contatos com produtores rurais de Nortelândia, Arenápolis, Santo Afonso, Nova Marilândia, Alto Paraguai, Denise, Nova Olímpia e Diamantino, região que forma um bolsão onde a extração do diamante foi peça-chave da economia, mas que o fim de seu ciclo de garimpagem provocou um forte baque econômico, que no entanto, nesse momento, não causa tantos danos quanto antes, por conta da expansão da fronteira agrícola no Chapadão do Parecis e o polo sucroalcooleiro em Barra do Bugres, Nova Olímpia e São José do Rio Claro”. Com essa fala o empresário rural, veterinário e líder classista Rui Prado (PSD), pré-candidato a deputado federal cita sua ligação com a região e em síntese aborda seu contexto econômico.

Por seu conhecimento e estudos sobre a economia mato-grossense Rui Prado integrou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República – o famoso Conselhão, à época sendo o único representante da agropecuária brasileira naquele órgão consultivo da Presidência. Na medida em que se aprofundava nas questões regionais mato-grossenses e descobria desníveis econômicos e sociais injustificáveis sob todos os aspectos, Rui Prado pegou gosto pela política partidária. Recentemente Rui Prado assumiu sua pré-candidatura à Câmara. “Existem demandas na esfera federal e algumas são complexas, mas todas podem ser resolvidas desde que Mato Grosso ganhe voz na Câmara, que é onde a população dos estados é representada”, acredita.

Rui Prado conheceu Nortelândia, Arenápolis, Alto Paraguai e as outras cidades da região no ciclo do diamante, viu os problemas que surgiram com o fim do garimpo e acompanha a recuperação econômica desses municípios, onde o Senar/MT então sob sua liderança e em parceria com os sindicatos rurais da área ministrou muitos cursos de qualificação de mão de obra. Esse conhecimento permite a Rui Prado dizer que somente está sendo possível a retomada do crescimento graças à força dos moradores e o empenho da classe política local. O baque com o fim da extração da pedra mais cobiçada no mundo aos poucos foi superado, e as novas gerações o conhecem por ouvir dizer. Porém, segundo ele, será preciso, o quanto antes que seja dado o segundo passo para que a região fique em pé de igualdade com seus vizinhos, o Nortão, que é celeiro mundial de produção; com o Chapadão do Parecis, que dá banho de produção e produtividade de commodities agrícolas; e com o polo sucroalcooleiro que tem sua principal referência em Barra do Bugres.

“Cercado por vizinhos que respondem pelo boom do crescimento mato-grossense o bolsão que foi polo de extração do diamante avança, mas em ritmo mais lento do que o da redondeza, situação que não pode continuar”, questiona Rui Prado. Segundo ele, “o dedo positivo do governo federal pode corrigir essa situação”.

Pragmático, Rui Prado é avesso a aventuras. Entende que o Brasil precisa criar um guarda-chuva tributário e social para os municípios que enfrentam problema com o fim do garimpo do diamante e do ouro, a exemplo de Poxoréu, Peixoto de Azevedo, Tesouro, Guiratinga, a região de Nortelândia, outros municípios em Mato Grosso e em diversos estados. Esse guarda-chuva em alguns casos precisará de parcerias com o governo estadual e a participação ativa das prefeituras. “Você já pensou se os impostos da tarifa da energia elétrica fossem zerados por um período determinado em Nortelândia e em Alto Paraguai e o mesmo fosse aplicado à telefonia? Esses dois fatores aliviariam as despesas dos moradores e atrairiam empresários, tantos grandes quanto pequenos”, avalia. Segundo ele não é justo que o tratamento tributário seja o mesmo para todos os municípios, pois alguns atravessam período difícil como resultado do fim do garimpo. “Essa desoneração não causaria impacto à receita do governo, pois tanto a população quanto o consumo são pequenos no contexto estadual”, argumenta.

Rui Prado diz que acompanha a luta de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores para assegurarem empregos públicos nos municípios que foram polo de extração de diamante e ouro. Segundo ele, se nessas localidades fossem instaladas plantas industriais haveria opção de emprego para os residentes e para aqueles que deixam suas casas em busca de oportunidade em Cuiabá e outras grandes cidades. “Temos que estancar essa migração pela sobrevivência. Nas áreas que foram de garimpagem praticamente todas as famílias de baixa renda têm filhos ou netos trabalhando em outros municípios; também são comuns às chamadas viúvas de marido vivo, aquele que deixa o lar para buscar o sustento em locais distantes 300, 400 quilômetros e isso é desumano”, lamenta.

Criar condições de habitabilidade em nome da qualidade de vida, zerar alíquotas e incentivar investimentos empresariais são ações que passam pelo deputado federal. “Na Câmara é possível lutar por essas questões. Penso que exercer mandato de deputado federal sem visão social, sem compreender o que acontece nos municípios, não faz sentido”, desabafa.

Política, no mais amplo sentido da palavra não se faz sozinho, isoladamente. “Quando aceitei o convite do senador Carlos Fávaro para ser pré-candidato pelo PSD que ele preside depositei minha esperança de que Mato Grosso conquistará dias melhores e quando chegar o período eleitoral estarei entre os que defenderão a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Mauro Mendes (União) e a eleição do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado”, adiantou acrescentando que, “Mato Grosso teve grandes conquistas nos últimos três anos, mas elas precisam avançar para solucionarmos os gargalos como o problema enfrentado por vários municípios pelo fim do garimpo. Bolsonaro, Mauro Mendes e Neri precisarão de firmeza na Câmara dos Deputados e espero que eles a encontrem”, resumiu.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/452432/visualizar/