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Quinta - 26 de Maio de 2022 às 15:05
Por: Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

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Por 15 votos a 9, os vereadores de Cuiabá negaram o pedido de abertura de uma Comissão Processante para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por suposto esquema de fura-fila durante a vacinação da covid-19 em Cuiabá, beneficiando 47 pessoas.

O pedido de abertura partiu do vereador Marcos Paccola (Republicanos), que teve que se licenciar para fazer a defesa do pedido. Em seu lugar, assumiu Felipe Corrêa.

Em sua justificativa, Paccola antecipou que a Comissão seria rejeitada pelo fato do prefeito ter maioria no Legislativo. Porém, ele lembrou que as provas são graves e que Emanuel incorreu e improbidade administrativa.

Já o líder do governo, Adevair Cabral (PTB), defendeu a não instauração das investigações. Ele alegou que não se sabe se os pedidos para a inclusão de nomes na fila da vacina foram concretizados.

Votaram a favor Felipe Corrêa, Demilson Nogueira (PP), Michelly Alencar (União), Diego Guimarães (Republicanos), Edna Sampaio (PT), Pastor Jeferson (PSD), Sargento Joelson (PSB), Dilemário Alencar (Podemos) e Eduardo Guimarães (Republicanos).

Já os que votaram contra foram Chico 2000 (PL), Drº Luiz Fernando (Republicanos), Marcrean Santos (PP), Robertinho Fernandes (PV), Kássio Coelho (Patriota), Ricardo Saad (PSDB), Dídimo Vovô (PSB), Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), Wilson Kero Kero (Podemos), Lilo Pinheiro (PDT), Zidiel Coutinho (PV), Cezinha Nascimento (PL), Paulo Henrique (PV), Sargento Vidal (MDB) e Adevair Cabral (PTB).

O pedido tem por base o relatório produzido pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nos celulares apreendidos do prefeito durante a Operação Capistrum, que investiga um suposto esquema de contratação ilegal de servidores temporários, como pagamento de “Premio Saúde”, para favorecê-lo eleitoralmente.

No relatório, conversas retiradas do celular de Pinheiro mostram que o seu filho, deputado federal Emanuelzinho (MDB) e seu irmão Marco Polo Pinheiro, o Popó, pediram para que inserissem nomes na fila da vacina. Entre os pedidos tem delegado, magistrados, políticos entre outros, que solicitaram a inserção de nomes fora do período estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização.

"Destaca-se que, assim que as solicitações de agendamento eram feitas ao prefeito Emanuel Pinheiro, aquelas que ele acha pertinentes, realizava o encaminhamento do cadastro/dados ao Sr. Gilmar para que este realizasse o agendamento, posteriormente o Sr. Gilmar encaminhava o comprovante de agendamento ao prefeito Emanuel Pinheiro, que na sequência repassava tal comprovante ao solicitante do agendamento", diz o relatório do Gaeco.





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