“Tem que vender os vagões; segurar para quê?", afirma Russi Deputado diz que medida é forma de recuperar investimento feito em obra parada há 10 anos
O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), defendeu a venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Governo do Estado como forma de recuperar parte do investimento bilionário feito pelo Executivo na obra, que está parada desde 2012.
Nesta semana, foi divulgado que o Estado estaria negociando a venda dos trens com a Prefeitura do Rio de Janeiro. A articulação, porém, foi negada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil).
Russi ressaltou que se trata de uma decisão de Governo, mas opinou que a medida seria uma boa saída.
“Se o Governo decidiu e tem condições de fazer outro modal e não vai mais fazer o VLT, por que nós vamos segurar os vagões? Eu acho que tem que vender mesmo, seja para o Rio ou para qualquer outro lugar possível. Vamos perder esse investimento?”, questionou.
“Aliás, já vamos perder, porque foi gasto muito. Então, tem que procurar formas, alternativas, se ficar decidido que vai ser o BRT e não o VLT, de desfazer todo o investimento que foi feito no VLT. Não tem por que segurar vagões que não vão ter utilidade nenhuma”, opinou.
À imprensa, o governador Mauro Mendes afirmou que a suposta negociação seria “fofoca”.
Ele apontou que, além de o contrato entre o Estado e o Consórcio VLT, que deveria executar a obra bilionária, já ter sido rescindido, o Executivo entrou com uma ação na Justiça e os vagões não pertencem ao Estado de Mato Grosso.
“Nós entramos na Justiça e dissemos: levem isso embora, isso é de vocês, e devolvam o meu dinheiro”, afirmou.
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