Em 2021, 4.200 dependentes buscaram tratamento para parar de fumar Altos preços e falta de espaços estão entre os fatores para querer largar o vício, segundo a Saúde Pública
No ano passado, mesmo com a pandemia da Covid-19, 4.200 fumantes recorreram a unidades públicas de Saúde no Estado em busca de assistência para parar de fumar.
Esse número representa um aumento de mais de 20% em relação ao ano anterior, 2020, quando 3.500 foram atendidos com a mesma finalidade.
Esses dados são do setor de Assuntos Culturais e Ações de Promoção à Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
De acordo com a pedagoga Sirley Lima, técnica responsável, há paridade nos números de atendidos.
Ou seja, mulheres e homens querem se livrar do vício na mesma proporção.
E ainda, diz ela, são pessoas que fumam há 20 anos ou mais.
Sirley Lima informa que o SUS oferta atendimento para quem está disposto e precisa de ajuda na luta contra a dependência do tabagismo.
Não apenas com medicamentos, mas também orientação, aconselhamento e suporte em terapia de grupo.
Essa oferta, assim como a garantia do serviço, observa, devem ocorrer em todas as unidades de Saúde.
Começando, diz, com questionamentos básicos no ato de identificação do usuário do SUS.
Depois de pedir informações como nome, idade e moradia, por exemplo, os profissionais devem seguir o perfil do usuário.
Você bebe? Fuma? Há quanto tempo?
Obtendo respostas positivas para o tabagismo, o atendente ou o médico deve continuar a abordagem.
Já pensou em parar de fumar? Precisa de ajuda?
E assim, chegar à oferta para interromper o vício.
Se isso não estiver acontecendo na unidade, diz Sirley Lima, além de reclamar, o cidadão pode provocar o atendimento buscando a assistência espontaneamente.
DIFICULDADE E PREÇO - De acordo com a pedagoga Sirley Lima, os altos preços e as restrições de espaços estão entre os principais motivos alegados por quem quer parar de fumar.
Alguns reclamam que precisam descer escadas, pegar elevador ou fazer caminhadas consideráveis para chegar aos “fumódromos”.
A lei federal 9294/96, batizada de antifumo, proíbe fumar em ambientes fechados e de uso coletivo.
Isso se aplica aos órgãos públicos, empresas, bares, restaurantes, boates e outros estabelecimentos.
Sobre os custos, é certo de que quem fuma não gasta menos de R$ 250 ao mês para manter o vício.
Essa estimativa é para quem consome uma carteira com 20 unidades de um dos cigarros mais baratos do mercado, em torno de R$ 7.
Nesta terça-feira (31), Dia Mundial da Luta contra o Tabaco, o setor estará realizando evento antitabagismo, na Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá.
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