Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Quinta - 02 de Junho de 2022 às 11:12
Por: Jessica Bachega e Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

    Imprimir


“É incompreensível essa decisão. Na verdade, estou entendendo os interesses escusos que talvez estejam traz disso”, afirmou o governador Mauro Mendes (União), na manhã desta quinta-feira (2). O gestor se reuniu com ministro Aroldo Cedrazi, do Tribunal de Contas da União, na quarta-feira (1) e apelou para a liberação das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), suspensa desde o início de maio.

O transporte substitui o Veículo Leve Sobre Trilhos, idealizado para a Copa do Mundo de 2014, mas que não foi concluído. A troca é motivo de embate entre o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá, que exige a conclusão do projeto inicial.

Foi a prefeitura que requereu a suspensão junto ao TCU, sob argumento de possíveis irregularidades. O ministro decidiu favorável ao pedido e, no momento, as obras estão paradas.


Mendes afirma que não há justificativa para a decisão, uma vez que não há verba federal no projeto. Ele também argumenta que os blocos de concreto que sinalizam o local dos trilhos na avenida da Feb tem provocado acidentes em Várzea Grande.


“Estive ontem com o ministro e falei com ele o absurdo que é essa decisão. Falei: ‘ministro, pelo amor de Deus, estamos com gente morrendo na avenida da FEB. Daqui a pouco a Prefeitura de Cuiabá e o senhor terão que ser responsabilizados, porque não há motivo para parar as obras’. O TCE acabou de decidir que está tudo certo. Não tem verba federal. Não motivo para o TCU intervir”, pontua Mendes.


Logo após a decisão, o governador se reuniu com o ministro, que garantiu rever a liminar. Mas ainda não houve andamento para liberação das obras.


Troca de modais
A decisão de troca do VLT pelo BRT foi tomada pelo Governo, em dezembro de 2020, a partir de decisão judicial que determinou a rescisão contratual com o consórcio, suspeito de corrupção e pagamento de propina para agentes públicos, conforme consta em delação premiada.

Nos últimos dias de dezembro, o governador anunciou que substituiria o VLT pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), no valor de R$ 430 milhões. Ao anunciar a desistência do VLT, que consumiu mais de R$ 1 bilhão, o governo de Mato Grosso garantiu que a decisão foi embasada em estudos e relatórios técnicos.


Na ocasião, Mendes também anunciou uma ação na Justiça pedindo ressarcimento e indenização no valor total de R$ 830 milhões, contra o Consórcio VLT e as cinco empresas que o compõem: CR Almeida, CAF Brasil, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia e Astep Engenharia.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/452776/visualizar/