Produtores recebem capacitação para vacinar animais contra brucelose e evitar transmissão para humanos em MT Curso é dividido entre aulas teóricas e práticas e o objetivo principal é evitar a transmissão da doença para os humanos.

Os produtores rurais de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, estão recebendo treinamento para o manejo correto na vacinação dos animais contra brucelose bovina. O curso é dividido entre aulas teóricas e práticas e o objetivo principal é evitar a transmissão da doença para os humanos.

Diante da demanda por mão de obra qualificada uma empresa do ramo agropecuário da cidade, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), montou uma turma para receber treinamento de vacinador.

Essa é uma vacina que é aplicada por veterinário com cadastro oficial ou por vacinador sob responsabilidade desse profissional.

A brucelose é uma infecção altamente contagiosa, causada por bactérias, e afeta muitos rebanhos bovinos em todo país. A doença se caracteriza como zoonose, porque pode ser transmitida de animais para humanos.

O médico veterinário e instrutor do curso, Renato Andrade, explicou que a exposição acidental à vacina é uma das principais formas de transmissão da doença para o ser humano, pois o imunizante possui bactérias vivas.

No momento da aplicação, é necessário o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como óculos, luvas e máscara.

“É um treinamento bem específico que a maioria dos produtores proprietários de rebanhos desenvolvem em suas propriedades. Mas, de uns tempos para cá, vimos a necessidade de treinamento em função do aumento da ocorrência em humanos devido ao manuseio incorreto da vacina”, disse.

Segundo o médico, a doença pode causar problemas nos testículos nos homens e inflamação nas articulações das pessoas, em geral.

O estoquista Sávio da Silva Martins, que trabalha em uma loja agropecuária, disse que se matriculou no treinamento para ter mais conhecimento na hora de atender o cliente.

Para tornarem vacinadores, os alunos passaram pelo conhecimento teórico em sala e só depois foram a campo, aprender na prática o manejo correto da aplicação da vacina.