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Sábado - 04 de Junho de 2022 às 07:00
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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A Prefeitura diz que tem um acordo com o Ministério Público do Estado prevendo um levantamento desses imóveis abandonados
A Prefeitura diz que tem um acordo com o Ministério Público do Estado prevendo um levantamento desses imóveis abandonados

Com 303 anos, Cuiabá coleciona uma série de prédios abandonados e subutilizados que, antes referência para a população, se tornaram sinônimo de problema para quem convive ou trabalha próximo às estruturas deterioradas pelo tempo ou pela ação de vândalos.

A Prefeitura da Capital diz que tem um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) prevendo levantamento desses imóveis para, posteriormente, adotar providências.

Enquanto isso, a população é prejudicada com o descaso de alguns proprietários que deixam suas construções sem qualquer manutenção, os quais atraem moradores de rua, usuários de drogas e ladrões. Isso sem contar os casarões históricos que vêm desmoronando com a falta de cuidados e com a ação do tempo.

Em diferentes pontos da região central, é possível se deparar com as edificações fechadas, com lixo no entorno, mato e com as estruturas precárias ou pichadas.

Um desses imóveis fica entre a Voluntários da Pátria e a Comandante Costa, atrás da Casa Barão Melgaço, Bairro Centro-Norte.

Lá, na década de 90, funcionou uma unidade ligada ao Ministério da Educação (Mec).

“Hoje, virou abrigo de morador de rua. Diminuiu um pouco com a reabertura do Centro POP (na Comandante Costa), mas ainda tem quem dorme aí. Agora, um pouco fica aí e um pouco no Cemitério da Piedade”, disse o monitor Benedito Vitalício Silva, 66 anos.

Na esquina mais abaixo, já na Rua Pedro Celestino, o edifício que abrigou uma agência bancária também se encontra em situação semelhante. Está desocupado, depredado e à espera de ser arrematado em um leilão.

Ao longo do Parque Antônio Teles Pires, mais conhecido como Morro da Luz, na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), há pelo menos outras quatro construções, entre conjunto comercial e residências, fechadas. Um exemplo é o prédio que abrigou o antigo Jornal Folha do Estado.

“Estão fechados mais por conta do problema da falta de segurança. Têm muitos usuários de drogas. Os furtos e arrombamentos ocorrem com muita frequência e isso afugenta as pessoas”, afirmou o gerente Rubens Pedroso, 44 anos.

Seguindo mais adiante, já na parte Centro-Sul da cidade, o transeunte se deparada com imóveis em situação de abandono e sem manutenção nas ruas Joaquim Murtinho, na Antônio Mario Coelho, na Regis Bitencourt e na Rua São Joaquim. Nestes dois últimos locais, as construções abrigaram órgãos ligados à Prefeitura da Capital por vários anos.

Na Regis Bitencourt, a edificação fechada e com lixo na frente um dia foi sede da Secretaria Municipal de Assistência Social. Já na São Joaquim, funcionou a sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Aos fundos, mato tomou conta do muro. Ao lado, havia um posto dos Correios, que também encerrou as atividades no local.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp) informou que, com exceção das edificações que não foram tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), existe um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) para que seja realizado um levantamento dos imóveis “aparentemente” abandonados na Capital mato-grossense.

“Posteriormente a esse diagnóstico, a Prefeitura de Cuiabá colocará uma nova fase de ação que se concentrará no levantamento dos débitos existentes quantos aos tributos municipais”, afirmou. “Mediante a constatação de débitos, a Prefeitura de Cuiabá – atendendo a todos os dispositivos legais - poderá levar este local a ser utilizado como instrumento de incentivo social, como creches, abrigos, associações e outros”, frisou.

Contudo, a Pasta ainda não delimitou prazo para finalizar os levantamentos.





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