Polícia abre sindicância contra delegado: “Beira a perseguição” Flávio Stringueta disse que passou de vítima a investigado pela Corregedoria da corporação
A Corregedoria da Polícia Civil abriu uma sindicância administrativa contra o delegado e pré-candidato a deputado federal Flávio Stringueta (Republicanos) e os investigadores Rafael Benetty Poffo e Leandro Matias Garcia por supostas infrações disciplinares.
A sindicância foi instaurada pelo corregedor auxiliar Marcelo Felisbino Martins. O prazo para conclusão das investigações é de 30 dias.
O documento, publicado nesta segunda-feira (6), expõe supostas violações por parte dos policiais à lei completar Nº 407/2010, que dispõe sobre a Organização e o Estatuto da Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso e do Regimento Interno da Polícia Judiciária Civil.
Ao MidiaNews, Flávio Stringueta afirmou que foi pego de “surpresa” com a abertura da sindicância contra ele e o investigador Rafael Poffo.
Conforme o delegado, ele e Rafael foram vítimas de ofensa por parte do investigador Leandro há dois anos.
Leandro, conforme o delegado, teria lhes ofendido em um grupo de Whatsapp da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf).
Outro policial que fazia parte desse grupo mandou um print das ofensas para Stringueta, que por sua vez, encaminhou para a Corregedoria, pedindo providências.
De início, conforme o delegado, uma sindicância foi aberta apenas contra Leandro.
Stringueta e Rafael foram intimados para ser ouvidos e questionados sobre quem tinha encaminhado o print.
Os dois não revelaram a fonte e, por isso, de acordo com o delegado, passaram a ser investigados.
“O único motivo de eu e o Rafael estarmos nessa sindicância é por preservarmos o nome da pessoa que mandou o print. Se a Corregedoria quer policiais dedos-duros, não seremos nós que vamos ser. Nós não vamos revelar”, disse.
“Prefiro responder 100 sindicância do que dedurar um colega. Não vamos ser dedos-duros para nos livrarmos de punições. Nem eu, nem o Rafael”, acrescentou.
Para o delegado, a abertura da sindicância beira a perseguição. Segundo ele, a punição que uma sindicância dessa pode gerar é “coisa boba”, como uma advertência.
“Dá impressão que o [corregedor auxiliar] Marcelo [Felisbino Martins] não tem o que fazer lá na Corregedoria. Deve estar faltando trabalho para ele. São questões de interpretações. Você pode interpretar [o fato de não revelar a fonte] como uma falta ou um direito de não falar. Ele preferiu interpretar como uma falta disciplinar. É uma questão de preferência e, por isso, eu acho que beira a perseguição”, pontuou.
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