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Quarta - 08 de Junho de 2022 às 10:37
Por: Lislaine dos Anjos/Mídia News

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Midia News
O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante
O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante

O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, minimizou os questionamentos sobre o concurso realizado na área para preenchimento de cargos na Politec, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. Ele negou qualquer possibilidade de anular o certame

“A principal polêmica que o concurso dá é sempre dos reprovados, dos desclassificados, que não concordam às vezes com as questões ou com o tipo de exame”, disse, em entrevista à Rádio Jovem Pan Cuiabá.

“Estamos vivendo um momento muito garantidor do direito de todos e todos têm o direito de recorrer à Justiça e vão questionar o concurso até o fim. Sempre os desclassificados não ficam satisfeitos e vão fazer suas falas”, acrescentou.

O certame, realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), teve 67 mil inscritos e foi alvo de mais de 100 denúncias de concorrentes que apontaram supostas fraudes. Em março, a homologação do concurso foi suspensa.

Em maio, a Justiça Federal determinou a suspensão do processo por supostos problemas no Teste de Aptidão Física (TAF), realizado entre os dias 15 e 16 de maio em Cuiabá.

Todos têm o direito de recorrer à Justiça e vão questionar o concurso até o fim. Sempre os desclassificados não ficam satisfeitos e vão fazer suas falas

“É um concurso complexo, não feito apenas de prova objetiva, mas de provas físicas, exames médicos e odontológicos, psicotécnicos, e depois os aprovados ainda vão para a academia”, justificou Bustamante.

O secretário salientou que não irá questionar a idoneidade da UFMT ou apontar má-fé de alguém.

Segundo Bustamante, pode ter havido erros no certame, mas cabe à Justiça “equilibrar a balança”.

“Eu sinto que quem se sentir prejudicado tem que recorrer. Até agora, tem decisões favoráveis e muitas que não foram abraçadas pelo Poder Judiciário”, disse.

“Foram 67 mil inscritos e eu tenho nesse universo pouca gente questionando. Fazendo muito barulho? Com certeza. Mas são poucos os que estão entrando na Justiça e tendo respaldo. [...] Eu acredito muito na estrutura do Estado e na finalização desse concurso”, completou.

Problemas pontuais

Bustamante afirmou que acredita no prosseguimento normal do certame assim que dois ”problemas pontuais” forem resolvidos.

Um é quanto à lei aprovada pela Assembleia, após os deputados derrubarem o veto do governador Mauro Mendes (UB), que veda a eliminação de candidatos de concursos públicos que forem classificados abaixo do quantitativo de vagas.

“Essa lei altera a cláusula do edital, que é regra básica do concurso. E também temos uma decisão da Justiça Federal que altera cláusula do edital e abre oportunidade de recurso num momento em que não tinha recurso”, citou.

“Mas são coisas pontuais, estamos trabalhando e a Justiça também tem seus freios e contrapesos”, completou.





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