“CONVERSA FIADA”
Botelho vê "demagogia" e diz que solução para BR-163 é demorada Parlamentar criticou proposta de Wellington Fagundes, que repassa rodovia para o Governo do Estado

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil) criticou, nesta quarta-feira (15), os agentes políticos que anunciam ter uma solução imediata para a BR-163, em Mato Grosso.
Ele classificou o discurso como "conversa fiada" e "demagogia”.
A rodovia, administrada desde 2014 pela Concessionária Rota do Oeste, está em fase de devolução ao Governo Federal, que pretende fazer uma nova licitação.
O problema foi discutido em audiência pública no Senado Federal na terça-feira (14) e lá foi apresentado que o tempo estimado para uma nova concessionária assumir a via seria até dezembro de 2024.
“Quando ficam só de conversa para mim é demagogia. Não tem solução. Eu estou fora desse assunto. Vou continuar cobrando quem tem que apresentar solução. Essa audiência pública de ontem foi boa para isso: mostrou que só está tendo conversa fiada”, afirmou Botelho à imprensa.
“Colocaram que só daqui a dois anos vai ter um projeto para concessionar de novo. Isso é falar para o pessoal: fica quieto que daqui a dois anos veremos o que será feito. É isso que estão falando. É só enganação”, emendou.
Ainda que sem citar nomes, Botelho criticou a proposta do senador Wellington Fagundes (PL), que defende que a concessão da BR-163 seja feita por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
Segundo o senador, o Mato Grosso entraria com investimentos por meio da MTPar.
Para Botelho, a proposta seria tachar o Governo Federal de incompetente.
“Querer que o Estado assuma e use o dinheiro do MTPar é chamar o Governo Federal de incompetente. Se o Governo Federal não pode fazer e vai passar ao Estado, então é incompetência do Governo Federal”, disse.
Demagogia
Botelho ainda anunciou que irá cancelar a audiência pública proposta por ele que ocorreria na próxima terça-feira (21), na Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde (a 330 km de Cuiabá). Para ele, o assunto "debandou para demagogia".
“Tem uma audiência pública e eu vou pedir para cancelar. Começaram a fazer demagogia em cima disso e eu estou fora”, afirmou.
O contrato com a concessionária foi celebrado em 2014, durante o Governo Dilma Rousseff (PT).
Previa investimentos de R$ 4,6 bilhões durante 30 anos. Entre os acordos não cumpridos, está a duplicação do trecho Cuiabá-Sinop.
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