“Cenário favorável à reeleição é pelo trabalho, gestão e entregas” Ex-senador falou ainda sobre composições do União Brasil, gestão Bolsonaro e Lula
Vice-presidente do União Brasil, o ex-senador Cidinho Santos avalia que o favoritismo à reeleição do governador Mauro Mendes (União Brasil) junto ao eleitores se deve ao trabalho austero na gestão do Estado.
Aliado do governador, Cidinho conta que tem percorrido o Estado e visto as políticas públicas – em especial na saúde, educação – e os investimentos na infraestrutura serem reconhecidos pela população.
“Eleição liquidada não existe. A gente vê um cenário bem favorável para reeleição do governador em função do trabalho, da gestão, e de ele estar fazendo as entregas que o governo está fazendo agora”, disse em entrevista ao MidiaNews.
“O reconhecimento da população também reflete na classe política, que não quer fazer um enfrentamento com um governo que está tendo aprovação, como está tendo o Governo Mauro”, emendou.
Pelo perfil agregador, Cidinho é um dos cotados para ocupar a vice-governadoria na chapa com Mendes, em uma eventual desistência de Otaviano Pivetta (Republicanos). Cidinho, no entanto, desconversa sobre a possibilidade.
Eleição liquidada não existe. A gente vê um cenário bem favorável para reeleição do governador em função do trabalho, da gestão, e das entregas
"Não faço campanha para vice-governador. Se no dia da convenção falarem: 'Preciso de você', é outra situação", disse.
Confira os principais trechos da entrevista:
MidiaNews - Pesquisas divulgadas nos últimos dias sinalizam uma caminhada tranquila para a reeleição do governador Mauro Mendes. Essa eleição está liquidada?
Cidinho Santos – Eleição liquidada não existe. A gente vê um cenário bem favorável para reeleição do governador em função do trabalho, da gestão, e de ele estar fazendo as entregas que o governo está fazendo agora. O reconhecimento da população também reflete na classe política, que não quer fazer um enfrentamento com um governo que está tendo aprovação, como está tendo o Governo Mauro.
MidiaNews - Nas suas viagens pelo Estado, o que tem sentido por parte dos eleitores em relação à candidatura à reeleição?
Cidinho Santos – A gente tem viajado bastante ultimamente com o governador ou sem o governador e o povo está sentindo os efeitos da gestão Mauro Mendes. E é muito positivo quando você consegue fazer uma gestão que chega ao povo.
Quando você vê uma pessoa do interior, com dificuldade na saúde de um familiar e ter quer recorrer a um político para depender de uma UTI, por exemplo, era uma tristeza e acontecia muito. Hoje, isso melhorou bastante, porque o governo abriu muitas UTIs no estado. Praticamente, a quantidade de leitos disponíveis triplicou.
MidiaNews – O governador tem enfrentando críticas por parte dos servidores, mesmo com a RGA legal em dia e o salário pago dentro do mês trabalhado. É possível reverter esse desgaste?
Cidinho Santos – O reconhecimento dos servidores virá e têm esse reconhecimento com o pagamento em dia, mas temos que ver algumas situações. Quando o governador assumiu, tinha um compromisso com a folha de pagamento que estava acima do teto constitucional, tinha a questão dos atrasos, e ele colocou tudo em dia.
Logo em seguida, veio a pandemia e o Governo Federal colocou a lei de que não se podia dar reajuste, então teve duas situações: primeiro, o estado no primeiro ano estava ajustando as contas, depois veio a pandemia.
Agora, o governo aos poucos vai começando a se posicionar. Não tem como se fazer aquilo que se fez lá atrás, de todo ano, além da inflação, dar mais 10% de aumento. Quando você está na frente de um governo, não se pode pensar só em 100 mil funcionários públicos. Eles são importantes, fazem a máquina rodar, mas tem que pensar na população como um todo.
MidiaNews – O que, na sua opinião, também deveria ser priorizado em um eventual segundo mandato do governador?
MidiaNews
Cidinho: "Mauro deve dar sequência às obras e fortalecer a questão da industrialização, porque temos potencial"
Cidinho Santos – A partir do momento que as finanças estão organizadas, o Mauro deve dar sequência às obras de infraestrutura, porque tem muita coisa para fazer. E dar um ponto mais forte na questão da industrialização, porque temos potencial para mais.
Em 2019, o governador deixou uma parte interessante do Fethab: tudo o que for consumido aqui dentro do estado, principalmente de milho, paga zero de Fethab e ICMS. É uma política para divulgar lá fora desse atrativo que o estado tem.
O milho que sai aqui de Mato Grosso e vai para o Paraná, paga o Fethab , paga o ICMS do milho, do frete, mas se a indústria estiver aqui, não paga nada. Ou seja, tem que fazer um trabalho de atração de empresas e focar nessa questão de agroindústria. Principalmente nas regiões que mais precisam.
MidiaNews – A primeira-dama Virginia Mendes tem destacado muito o sofrimento que as fake news trazem a família dela. Um inquérito chegou a ser concluído e algumas pessoas indiciadas. O Governo é afetado de alguma maneira?
Cidinho Santos – O governo não foi afetado por essas fake news, porque tem formas de se defender, de se colocar. O que afetou muito foi a questão pessoal do governador, da primeira dama Virginia, da família.
Imagine uma família, de pessoas que são cristãs, que sabem da sua origem, da decência e são acusados de contratar um pistoleiro para matar uma pessoa. É uma coisa muito grave, isso mexe com a família. O governador, desde o princípio, sempre procurou separar muito a questão de governo com as questões de negócio. Isso está muito claro.
MidiaNews – O grupo político sempre esteve muito certo da reeleição. Só que agora, a primeira-dama passa por um momento delicado em sua saúde. Isso, de alguma forma, abalou essa certeza?
Cidinho Santos – Não, o que existe é um compasso de espera e algumas definições poderão ser tomadas mais à frente, como as questões de candidatura ao Senado e a definição e anúncio do governador pela reeleição. Estamos há menos de quatro meses das eleições, então essa questão da saúde da primeira-dama postergou algumas decisões e algumas ações.
A gente espera que nos próximos quinze dias, o governador já possa estar de volta e realmente dar a sequência.
MidiaNews – Em um eventual recuo do vice-governador Otaviano Pivetta, o senhor estaria disposto a compor a chapa com Mendes?
Cidinho Santos – Não faço campanha para ser vice-governador. Eu ajudo, como ajudei em 2018 e faço isso com prazer, satisfação. Nós tínhamos um projeto que começou em 2018 e poucas pessoas acreditavam e esse projeto foi vitorioso na eleição e tem sido vitorioso na gestão. Agora minha prioridade vai ser o prazer de ver o estado bem, ver o estado crescendo, as coisas acontecendo, porque a gente fica muito empolgado com Mato Grosso. Eu sou empresário, invisto aqui, fico muito empolgado com as coisas acontecendo.
Não faço campanha para vice-governador, não faço campanha para outros cargos, não sou nenhum empecilho para acordos com qualquer que seja a coligação para que venha ocupar outro cargo. Pelo contrário, sempre procuro estar conciliando, ajustando.
Cheguei aqui pelo trabalho, tanto na montagem do diretório, da aproximação com o presidente Jair Bolsonaro, quanto outras articulação importante para área política. E agora também não seria nenhum empecilho para nenhum acordo. Se no dia da convenção falarem: “Preciso de você”, é outra situação.
O governador faz um trabalho excepcional, assim como o vice-governador também é uma pessoa que tem muita experiência, muito respeito, é muito respeitado, faz um trabalho também muito bom. Então, se pudessem repetir a chapa eu ficaria contente.
MidiaNews – À alguns veículos de imprensa, Pivetta chegou a anunciar que iria recuar e indicaria o seu nome para o cargo. Isso gerou um descontentamento, como por exemplo, do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, que falou que não seria uma escolha do Pivetta, e sim do grupo. Há essa conversa?
Cidinho Santos – Eu tenho uma amizade e um respeito muito grande pelo vice-governador Otaviano Pivetta e, se ele não fosse candidato e dependesse, realmente, de uma escolha pessoal dele, talvez eu seria o nome. Isso ele já reiterou várias vezes. Mas como o Botelho também falou, não é uma escolha só dele, passa pelo governador, passa pelo grupo político e até por mim, para saber se quero ou não, porque eu nunca falei que quero.
MidiaNews – E sobre a candidatura ao Senado? O União vai com Wellington Fagundes?
MidiaNews
"Governador tem reiterado que vai tomar a decisão baseado na lógica", diz Cidinho sobre coligação ao Senado
Cidinho Santos – O governador tem reiterado que vai tomar a decisão baseado na lógica, e que assim que decidir sobre sua candidatura à reeleição, também vai anunciar o apoio à candidatura ao Senado e quem estará com ele na chapa. Quando ele diz baseado na lógica, é baseado em pesquisas qualitativas, quantitativas, e quem poderia agregar mais na chapa dele na candidatura à reeleição.
MidiaNews – Desta forma, o Wellington Fagundes tem vantagem...
Cidinho Santos – No momento, as pesquisas dizem isso.
MidiaNews – Há comentários nos bastidores de que Mendes pode permitir que todos subam no seu palanque, Neri Geller, Natasha Slhessanrenko e Wellington. É por aí mesmo ou você acha mais difícil?
Cidinho Santos – Não. O governador já deixou claro que vai ter um candidato ao Senado, não vai trabalhar com outras candidaturas.
MidiaNews – Mesmo que ele peça votos só para Wellington, ele não permitiria que esses outros dois o apoiasse?
Cidinho Santos – Supomos que ele está fazendo a campanha dele e pedindo voto para Wellington, mas se o Neri é simpático à candidatura dele, assim como a Natasha, você não vai dispensar votos e apoio, não é? Mas na coligação, ele vai estar com um candidato a senador, que no momento pode ser o Wellington, o Neri ou a Natasha.
MidiaNews – Como foi essa costura da aproximação do presidente Jair Bolsonaro e o governador?
Cidinho Santos – Já havia uma conversa com o próprio Wellington, mas a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi uma peça importante dessa aproximação e de começar a tirar os problemas onde não tinham. Um dia, coincidiu de ter uma agenda com o presidente do PL, o Valdemar Costa Neto, conversei ele. O Valdemar ligou para a ministra, nós fizemos uma primeira conversa, depois eles falaram com o presidente e ali a gente fechou o pacto entre o presidente e o Mauro Mendes.
Nós dissemos: “Presidente, por que você vai criar problema em Mato Grosso onde não tem problema? Vamos procurar aliviar as coisas”. O presidente entendeu e foi assim que se construiu isso.
O senador Wellington ajudou nessa composição e foi uma coisa que foi boa para o presidente, para o Mauro Mendes e para o estado de Mato Grosso.
MidiaNews – O governador, durante o mandato, chegou a fazer críticas ao presidente, em especial durante o período da pandemia da Covid-19. O que valeu neste acordo foi o pragmatismo?
Cidinho Santos – As declarações do presidente muitas vezes eram generalizadas: “Os governadores”. Da forma que ele colocava, e às vezes ainda coloca, o Mauro acabou respondendo, e isso cria uma cizânia, mas nada que transformasse o governador em um crítico do presidente ou algo que não pudesse ser superado.
MidiaNews – O Neri está com apoio do ex-ministro Blairo Maggi, “do agro”, você acha que se encaminhar para lógica mesmo do governador apoiando o Wellington, pode criar um racha entre Mendes e Maggi?
Cidinho Santos – Não. O Blairo já deixou evidente que o candidato dele à reeleição é o Mauro Mendes. O Senado teremos que achar uma solução, mas não está sendo discutida a questão da candidatura de governo.
Mesmo porque foi uma questão discutida um pouco atrás, todo mundo acha que o governo está indo muito bem, que tem que ser reeleito, mas só apoia se atender o seu projeto pessoal? Isso não está correto.
Houve até uma declaração do deputado Max Russi, do PSB, que disse que a candidatura da Natasha não está atrelada a Mendes apoiar a Natasha ou não. Ou seja, a Natasha é candidata a senadora, mas o PSB já está decidido a apoiar a reeleição.
O que é que achar uma solução para essa questão Neri e Wellington. Neri é um excelente parlamentar, uma pessoa que tem uma vontade grande de fazer e teremos que acomodar.
MidiaNews – O Neri tem dito que não vai recuar. Se ele não recuar, como fica? O Blairo retira o apoio?
Cidinho Santos – O Neri tem conversado com o Blairo, e acredita que ele tem condições de viabilizar, ele está animado, mas também falou: “Eu não sou um empecilho”. Ele não é intransigente. Se caso a gente não consiga chegar em um denominador comum, não vai ter nenhum problema do ministro Blairo e com o PP.
MidiaNews – O fato de ele falar que não é nenhum empecilho seria um indicativo de que ele pode recuar? E, se ele recuar, vai tentar o que? estadual?
Cidinho Santos – Ele falou que não é nenhum empecilho e que pode sentar para conversar, mas também está muito animado com a candidatura dele. Ele acha que a candidatura dele tem viabilidade. Então, é uma questão que a gente tem que trabalhar com a razoabilidade.
MidiaNews – E a sua relação com Blairo Maggi? A gente sabe que ele é uma força política e ali vocês estão de lados opostos?
Cidinho Santos – Tenho conversado com o ministro Blairo sobre o Neri e o Wellington Fagundes. Da forma como foi construída a situação, com o presidente Bolsonaro com um candidato do partido dele, que é o Wellington, emperra algumas situações e aí você vai vendo as avaliações. Mas o ministro Blairo tem se colocado à disposição para ajudar a construir um consenso.
MidiaNews - O senhor é entusiasta da candidatura à reeleição do presidente Bolsonaro. O senador Wellington acredita que Bolsonaro terá, em Mato Grosso, a maior votação proporcional no Brasil. Também compartilha desse pensamento?
Cidinho Santos – Eu acredito que o presidente Bolsonaro tem a maioria dos votos aqui em Mato Grosso e em municípios ligados ao agro o percentual é maior. Mas não sei se será uma eleição “folgada”.
MidiaNews – E no país? As pesquisam indicam vitória do ex-presidente Lula.
MidiaNews
Cidinho diz que Bolsonaro enfrenta cenário econômico desfavorável e tentará reverter usando tempo de TV e rádio, "para que o presidente possa ter uma melhor divulgação dos trabalhos"
Cidinho Santos – Quem está na política não pode ignorar as pesquisas. Dentro do próprio núcleo do Governo Bolsonaro, se reconhece que há uma vantagem do ex-presidente Lula em um cenário que é adverso para o presidente. Há uma questão econômica mundial ruim, tem inflação, combustíveis em alta... É difícil trabalhar uma reeleição em um cenário econômico desta forma. E talvez falte a comunicação do governo de que isso não é questão pontual do Bolsonaro, que ele na verdade tem feito medidas para amenizar tais situações, como o auxilio Brasil.
E essa comunicação, o pessoal do Governo, acha que com as inserções na TV e rádio do PL e do PP que cedeu espaço para o presidente possa se ter uma melhor divulgação dos trabalhos e reverter o cenário.
MidiaNews – O ex-presidente Lula teve o nome envolvido em uma série de esquemas, delações... A que atribui essa vantagem ampla do ex-presidente Lula nas pesquisas?
Cidinho Santos – É uma questão econômica. O presidente Bolsonaro tem uma questão mundial adversa. E o presidente Lula, quando esteve na presidência, teve uma situação mundial favorável e as pessoas têm essa lembrança. Havia uma facilidade para comprar um carro, viajar, ter uma alimentação melhor. Esse recall vem muito da população que ganha de um a cinco salários mínimos em que o Lula é muito mais forte.
Reiterando o que eu disse: falta uma comunicação de Governo para mostrar que, se o Bolsonaro for reeleito, vai ter que continuar enfrentando tal situação, porque é mundial. Da mesma forma se o Lula ganhar, vai ter que enfrentar esse cenário, que não irá mudar do dia para noite.
MidiaNews – Mato Grosso pode ficar em uma situação delicada caso o Lula ganhe, já que o governador e o grupo estão apoiando a reeleição do Bolsonaro?
Cidinho Santos – A gente espera que não ocorra uma vitória do Lula, mas caso venha acontecer, Mato Grosso está em uma situação diferenciada. Você pode verificar: quantos convênios Mato Grosso têm com a União? Muito pouco. O Estado tem mais contribuído do que recebido. Ou seja, a relação institucional continuará existindo e para Mato Grosso não muda muita coisa.
MidiaNews – Qualquer presidente tem que tratar bem Mato Grosso até por causa da balança comercial...
Cidinho Santos – O estado contribui muito e recebe muito pouco. Hoje, por exemplo, quase inexiste a compensação da Lei Kandir. Ou seja, o retorno frente ao que o Estado contribui é muito pouco.
MidiaNews – A Folha de São Paulo publicou uma reportagem falando de uma tentativa de aproximação da chapa do Lula com o agro usando a figura do Blairo Maggi e do ex-deputado Nilson Leitão. Acredita que ele chega a esse eleitor? O Blairo pode ajudar o Lula?
Cidinho Santos – Nas propostas apresentadas pela pré-candidatura do Lula é possível que ele [Blairo] apoie. Agora, o Blairo é uma pessoa pragmática, observa cenários e sabe que existe uma consideração do presidente Lula para com ele.
Houve uma reunião do Lula com o pessoal de Mato Grosso em São Paulo, e o ex-presidente comentou: “Há uma pessoa em Mato Grosso que eu tenho grande consideração”. Ele lembrou que foi acusado na Lava jato por uma viagem que fez a Cuba para dar uma palestra, e que levou o Blairo, em 2014. Na época, o Blairo ligou para ele e se prontificou a ser testemunha de defesa. Então, ele tem uma consideração pelo ministro Blairo muito forte. Por óbvio, Blairo foi governador enquanto Lula era presidente e tem um bom relacionamento.
Então, não pode fechar portas. E como o ministro Blairo não está na política ativamente e não deve fazer campanha para “a” ou “b”, mas a gente sabe que a posição dele não é de esquerda.
MidiaNews - O senhor esteve recentemente em um jantar com a presença do presidente Bolsonaro, segundo o o jornal Estado de SP. Segundo a publicação, muitos empresários e políticos ligados ao agro estiveram lá. Acha que esse setor será fundamental para a vitória do presidente?
Cidinho Santos – Em termos de apoio é importante, mas temos que considerar que o setor do agro em termos eleitorais é muito pequeno. Eu lembro do senador Jonas Pinheiro [falecido em 2008] que era um defensor do agro e falava: se dependesse só do agro, eu nunca seria eleito. É preciso buscar outros apoios.
MidiaNews – O agro vai investir na campanha do presidente?
Cidinho Santos – Eu acho que deve. Não posso dizer que o setor foi beneficiado pelo Governo, porque não houve nenhuma política pública voltada de Governo que tenha beneficiado o agro, mas teve uma liberdade na economia... Acredito que o setor está disposto a ajudar.
MidiaNews - Recentemente, o jornal Estadão afirmou que o deputado federal Luciani Bivar pediu aos pré-candidatos do União Brasil que forem apoiar Bolsonaro para procurarem recursos com o PL. O senhor acha que ele barrará mesmo o caixa?
Cidinho Santos – Nós nunca trabalhamos com dinheiro de fundo eleitoral. Em 2018, usamos muito pouco. Também não estamos na expectativa de recursos profundos do fundo eleitoral. Nossa expetativa é fazer uma campanha muito barata, de reconhecimento da população ao trabalho do Mauro, e sair na frente sem nenhum compromisso. E se acaso vier algum recurso, será bem-vindo.
Agora, é preciso lembrar, que dentro do União temos candidatos a deputado federais que sendo eleitos farão parte da bancada do partido e que precisam desse apoio agora. O governador talvez não precise, mas os deputados federais precisam.
MidiaNews – E acredita nessa candidatura do Bivar?
Cidinho Santos – Há situações em estado, que em função da polarização Lula e Bolsonaro, se não houver um meio termo é obrigada a se posicionar. Por exemplo, na Bahia, o ACM Neto tem maioria das intenções de voto, mas o Lula também tem a maioria.
E lá, se o União não tiver candidato e ele anunciar um apoio ao Bolsonaro, e o ACM anuncia apoio ao Lula, o ACM perde um monte de votos que tem. E quando o partido tem um candidato, você acaba se eximido dessa definição.
A campanha do Bivar é na inteligência de eleger governadores, senadores e deputados federais.
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