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Cidades/Geral
Domingo - 19 de Junho de 2022 às 12:26
Por: Por Nathália Okde e Ana Adélia Jácomo, TV Centro América

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Crimes de estelionato contra idosos aumentam 38% em um ano em MT — Foto: Freepik
Crimes de estelionato contra idosos aumentam 38% em um ano em MT — Foto: Freepik

Os casos de estelionato contra idosos acima de 60 anos aumentaram 38% em um ano em Mato Grosso, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). O levantamento registrou casos entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período de 2021.

Neste ano já foram registrados 1.066 casos de estelionato e em 2021 foram 771 denúncias.

No estado, as 27 tipificações de crimes contra idosos apresentaram aumento, segundo a Sesp.

Ameaça, lesão corporal, injúria, apropriação indébita, difamação, maus tratos, calúnia, extorsão, estupro, supressão de documentos e assédio sexual foram os crimes que mais apresentaram queixas à polícia.

O Abrigo Bom Jesus, em Cuiabá, tem 82 anos de existência e atualmente atende 89 idosos que residem no local. Segundo Suzeth Nascimento, gestora do local, muitos foram abandonados pela família e não recebem visita ou telefonema.

“Nos dói muito ver a indiferença de muitos familiares que não visitam, não escrevem. Muitos estão aqui perto e nem telefonam. Por mais atenção que oferecemos a eles, nunca seremos capazes de substituir o amor de um filho, de uma filha ou familiar”, avaliou ela.

De acordo com o Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), apenas no Brasil estima-se que em 2025, o número de brasileiros com mais de 60 anos será em torno de 32 milhões. Em 2050, o número de idosos será superior ao número de crianças.

O médico geriatra, Denis Milanello, 45 anos, é formado há 20 anos. Ele é diretor de um complexo de saúde e bem-estar voltado principalmente ao idoso em Cuiabá

“Fiz geriatria em virtude do chamado envelhecimento populacional, um fenômeno mundial, em que ocorre o aumento da proporção de idosos na população geral. Além disso, poder contribuir para uma longevidade saudável, ativa, com a manutenção da independência e da autonomia pelo máximo de tempo, é bastante gratificante”.


Isolamento da pandemia

Segundo o médico, os idosos sofreram muito na pandemia, principalmente com relação ao isolamento social, o que significou piora física e mental nesses últimos dois anos, mesmo período em que a violência e denúncias de maus-tratos aumentaram.

“Em parte, pela falta de capacitação ou habilidade das próprias famílias ou cuidadores em assistir o idoso de forma digna. Principalmente, a dificuldade em cuidar de idosos com quadros demenciais ou com maior fragilidade e dependência”.

A busca pelo Envelhecimento Ativo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), está baseada no tripé: boa saúde e bem-estar físico e mental, direitos assegurados, e participação efetiva na sociedade.

“Exercício físico e estimulação cognitiva são fundamentais para se envelhecer bem e com saúde. É importante o idoso escolher o médico geriatra e confiar a ele os cuidados da saúde. Receber orientações sobre alimentação adequada, o melhor exercício a ser realizado, quais vacinas deve tomar, cuidar do emocional, ajustar medicamentos são pontos importantes”, afirmou o médico.





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