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Domingo - 10 de Julho de 2022 às 09:19
Por: Silvana Ribas/Gazeta Digital

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Registro de novas armas de fogo cresce 338,7% em Mato Grosso entre 2019 e 2021. Enquanto em 2019 foram emitidos 3.308 registros, em 2020 foram 8.458 e no ano passado 14.511. O crescimento foi de 58% entre os cidadãos matogrossenses que não integram as forças de segurança no comparativo entre 2020 e 2021, saltando de 24.626 emissões para 38.988, conforme aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com base em dados fornecidos pela Polícia Federal e Exército Brasileiro.

Em Mato Grosso os registros de armas ativos cresceram 45,7% entre 2020 e 2021 passando de 35.943 para 52.380. Conforme o anuário, em 2021 existiam 39.469 registros de armas expirados, isto é, que estão irregulares. Apesar do grande número de registros, a Polícia Federal emitiu em 2021 apenas 243 autorizações de porte de arma para defesa pessoal.


As 5 delegacias da Polícia Federal em Mato Grosso finalizaram 28.303 requerimentos relacionados a armas de fogo em 2021. O maior volume foi na delegacia de Sinop (500 km ao norte), com 10.520 emissões, superando Cuiabá, que emitiu 10.133 autorizações. A delegacia de Barra do Garças emitiu 3.653, seguida de Rondonópolis com 2.849 e Cáceres com 1.168 emissões. Cabe à Polícia Federal emitir registros e portes para profissionais de segurança e categorias previstas em lei.


No país, dados de 2022 mostram 2.887.228 milhões armas de fogo em acervos particulares com registros ativos no SIGMA (Exército Brasileiro) e no Sinarm (Polícia Federal). Destas, 26% são de atiradores desportivos (765.990), 23% pertencem ao cidadão comum (692,563) e 22,4% à Polícia Militar (648.727).


Para o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, que comanda a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil no Estado, quanto maior o número de armas circulando, maior o risco de serem usadas por criminosos. Assegura que das 12 armas apreendidas pela unidade este ano, junto a associações criminosas, a maioria era legal e registrada e que foi
roubada ou furtada. Teixeira lembra que a omissão na guarda ou cautela de armas de fogo e munições é crime e por isso a necessidade de treinamento e regras rígidas para o manuseio e guarda.





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