Lúdio: "O que está acontecendo não é polarização, é barbárie" O deputado repudiou o crime contra o militante Marcelo Arruda, morto por um bolsonarista
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) classificou como barbárie o assassinato do militante petista, Marcelo Arruda, morto a tiros por um policial penal federal bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR).
O crime ocorreu na noite de sábado (9) durante a comemoração do aniversário de 50 anos do petista. O atirador, Jorge José da Rocha Guaranho, teria discutido com Marcelo, pois a festa tinha como tema o ex-presidente Lula.
Antes de matar o aniversariante, o bolsonarista passou em frente ao local de carro e afirmou "aqui é Bolsonaro". Ele está internado depois de também ser baleado.
Ao ser questionado sobre o crime, o deputado mato-grossense afirmou que o episódio foi algo vergonhoso e lamentou o ocorrido para a democracia do País.
“O que está acontecendo não é polarização, é a barbárie tentando superar e sepultar a democracia do nosso País”, disse à Rádio Metrópole FM.
“Nós não podemos aceitar isso de jeito nenhum e não podemos ter mais vítimas como nesse sábado. Até porque são duas famílias, é triste. Isso não pode acontecer”, acrescentou.
O deputado lembrou que no Brasil sempre houve polarização nas eleições presidenciais, mas de forma civilizada. Citando eleições anteriores com as principais oposições do PT, Lúdio afirmou que é preciso retomar o debate político.
“É vergonhoso. Nós não podemos mergulhar o Brasil no ódio e na violência. O PT e o PSDB polarizaram as eleições presidenciais desde a redemocratização, 94, 98, 2002, 2006, 2010, 2014. Essa polarização era política e civilizada”, afirmou.
O parlamentar ainda citou a aliança de Lula com Geraldo Alckmin, que hoje é vice do petista, mas em 2006 disputou e perdeu a vaga da Presidência para ele. Segundo Lúdio, este é um chamado para superar as diferenças e retomar a democracia.
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