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Agronegócios
Segunda - 11 de Julho de 2022 às 19:28
Por: Eduardo Gomes/Diário de Cuiabá

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A estimativa é que os produtores mato-grossenses colham 40,74 milhões de toneladas
A estimativa é que os produtores mato-grossenses colham 40,74 milhões de toneladas

Enquanto a produtividade e a produção da soja mato-grossense aumentam, a lavoura nacional encolhe.

Isso é o que aponta o 10º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no fim de semana.

A estimativa é que os produtores mato-grossenses colham 40,74 milhões de toneladas (mi/t), superando em 11,6% o cultivo do ano anterior, de 36,52 mi/t ao passo que o desempenho brasileiro estimado é de 124,04 mi/t caindo 10,2% no comparativo com 2021, que foi de 138,15 mi/t.

A área nacional cultivada com a leguminosa foi consolidada em 40,95 mi/hectares (ha), com expansão de 4,5% no comparativo com a anterior, de 39,19 mi/ha. Mato Grosso semeou em seus 141 municípios 10,90 mi/ha com crescimento de 4,1% no comparativo com a safra 2020/21 semeada sobre 10,47 mi/ha.

O Brasil enfrentou quebra de produtividade da soja.

Nacionalmente, o encolhimento foi de 14,1%, caindo de 3.535 sacas por hectare na safra passada para 3.019 sacas.

A lavoura mato-grossense produziu mais e não sentiu efeitos climáticos, ao contrário do que aconteceu em alguns estados; seu crescimento foi de 7,2%, saltando de 3.485 sacas por hectares na safra 2020/2021 para 3.735 sacas.

Com essa estimativa de produção Mato Grosso permanece no topo do ranking do cultivo dessa leguminosa, posição que ocupa há mais de duas décadas.

Em ordem decrescente de produção, o segundo colocado é Goiás, com 16,03 mi/t, seguido pelo Paraná, com 12,25 mi/t, Rio Grande do Sul com 9,11 mi/t e Mato Grosso do Sul com 8,83 mi/t.

O documento da Conab aponta para a estimativa de produção de 65 mi/t nos três estados do Centro-Oeste, sem incluir o Distrito Federal, representa 52,5% da leguminosa brasileira, o que faz do cerrado dessa região do Brasil interior o maior celeiro da soja nacional.

Segundo a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), em 2021 o Brasil exportou 86 mi/t de soja em suas diversas formas, sendo que o principal destino foi a China, que importou 60 mi/t.

Mato Grosso respondeu por 25% dessa movimentação na balança comercial.

O cultivo da soja em Mato Grosso vai além do aspecto econômico.

Sua lavoura atraiu levas de migrantes, sobretudo, do Sul do país, o que contribuiu para o crescimento populacional, alterou e incorporou costumes aos mato-grossenses.

Presente em todos os municípios e com destaque para Sorriso, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Sapezal, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Diamantino e Tangará da Serra, a cadeia produtiva da soja responde por boa parte do tráfego de carretas e bitrens nas rodovias federais, e por considerável parte da movimentação da Ferrovia Senador Vicente Vuolo operada pela Rumo Logística, com terminais ferroviários em Alto Taquari, Alto Araguaia, Itiquira e Rondonópolis e que escoa commodities agrícolas para o porto de Santos.





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