Pedido de afastamento imediato de Paccola será votado na quinta Juca diz que plenário analisa afastamento de vereador; pedido de cassação não tem data para análise
O presidente da Câmara Municipal, Juca do Guaraná (MDB), disse que colocará em votação o pedido de "afastamento imediato" do vereador Marcos Paccola (Republicanos) na sessão desta quinta-feira (14).
Paccola atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, no último dia 1º de julho, na região central de Cuiabá. O pedido de afastamento foi apresentado pela vereadora Edna Sampaio (PT). Nele, não é tratado por quanto tempo o parlamentar deve ficar fora das suas funções.
Ela também pediu a cassação do vereador, mas este pedido somente será analisádo pela Comissão de Ética da Câmara após a conclusão do inquérito policial sobre o caso.
Segundo Juca, os vereadores deverão votar se aprovam ou não o afastamento imediato do colega pela morte de agente. Paccola será afastado caso tenha a maioria simples dos votos.
Ainda de acordo com Juca, o pedido está sob análise da Procuradoria-Geral da Câmara e, por isso, não será colocado em apreciação na sessão desta terça-feira (12). Assim, Paccola também terá tempo para preparar sua defesa.
“Conduziremos com muita tranquilidade como temos pontuado as ações nesta Casa. Sempre na discussão e diálogo, com auxilio da Procuradoria, que tem feito um bom trabalho nos auxiliando e orientando”, disse.
Pedido de cassação
Conforme dito, Paccola ainda é alvo de um pedido de cassação do mandato pela morte do agente do socioeducativo. Este deverá ser analisado pela comissão presidida por Lilo apenas quando as investigações policiais forem concluídas.
Para isso, a Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) deverá encaminhar à Casa o inquérito da morte de Alexandre.
Os vereadores entram em recesso nesta semana. Mas Lilo afirmou que isso não irá atrapalhar a condução do caso.
“No período de recesso as sessões são suspensas, não o trabalho do vereador”, afirmou.
Agente morto
Alexandre foi morto por volta das 20 horas do dia 1º, em uma rua atrás do restaurante Choppão, em Cuiabá.
Paccola efetuou três disparos contra o agente, em meio a uma confusão depois que a esposa de Miyagawa entrou com seu carro pela contramão, na rua Presidente Artur Bernardes.
O vereador afirmou que passava pelo local e foi informado que Alexandre estava armado e ameaçando a companheira dele.
Paccola ainda disse que chegou a pedir que Miyagawa abaixasse a arma, mas o agente não teria obedecido.
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