PSB diz que aceita Natasha no 'palanque duplo' de Mauro Mendes Cúpula do partido diz que medida valoriza projeto; bolsonarista Wellington não digeriu proposta do governador
A proposta de "palanque aberto" para a disputa ao Senado Federal está movimentando a base governista.
Enquanto uns avaliam a medida, colocada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), como positiva, outros não acreditam que ela seja ideal para os pré-candidatos ao Senado.
O PSB, que tem a empresária Natasha Slhessarenko como pré-candidata, por exemplo, avaliza a proposta.
O deputado estadual Max Russi, presidente da agremiação em Mato Grosso, acredita que essa é a melhor alternativa a ser adotada pelo governador Mauro Mendes para contemplar todos os seus aliados.
“Fiquei muito satisfeito. Acho que é a melhor decisão por parte do Governo, porque valoriza todos que sempre estiverem juntos”, disse o parlamentar.
Desta forma, Russi acredita que o palanque aberto para a disputa valoriza o partido, que não tem representatividade no Governo do Estado, mas integra a base de Mauro.
“Achei a ideia muito boa. Inclusive, já vinha cobrando, há um certo tempo, que Natasha fizesse parte do palanque do governador Mauro Mendes. E, com essa proposta, o PSB será contemplado. O PSB gostou da proposta, aceita a proposta e se sente valorizado com a proposta”, completou Russi.
Já o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), acredita essa possibilidade de palanque aberto beneficiaria apenas o projeto de reeleição do governador, não sendo vantajoso para os candidatos ao Senado.
“Eu acho que é uma possibilidade, já que, segundo a consulta que foi feita junto à Justiça Eleitoral, isso é possível, de ter candidaturas avulsas. Então, se for possível e os candidatos aceitarem, é bom para o governador”, disse.
O parlamentar ainda acrescentou que os candidatos a deputado estadual do grupo governista também podem se beneficiar com a medida.
“Para os candidatos a deputados, também é vantajoso, porque ninguém tem uma base consolidada. Mas o que vai definir isso são os candidatos, se eles aceitam isso. Eu só não vejo que seja bom para os candidatos a senador”, completou.
Em seu entendimento, essa é uma alternativa que está sendo levantada pelo chefe do Executivo estadual e demais partidos aliados, a fim de garantir a permanência de Mendes no comando do Palácio Paiaguás, sem pensar no projeto eleitoral ao Senado de cada agremiação do grupo.
“O Mauro está procurando o lado dele, porque se todo mundo apoiá-lo, vai ser o melhor dos mundos pra ele. Para ele, é excelente”, completou
REUNIÃO - Na noite de segunda-feira (11), os partidos aliados do governador se reuniram para tratar sobre essa possibilidade de ter o palanque aberto para o Senado Federal.
A medida é reflexo da saída do deputado federal Neri Geller (PP) da base governista.
O congressista se aliou com o grupo de esquerda para viabilizar o seu nome para a disputa ao Senado.
Agora, quem parece não estar nada satisfeito com essa possibilidade é o senador Wellington Fagundes (PL), que irá disputar a reeleição, e esperava ser o candidato a senador na chapa encabeçada por Mendes.
De acordo com Max Russi, o descontentamento do senador ficou nítido durante a reunião.
“Até ontem à noite, ele não ofereceu nenhum veto, não fez nenhuma manifestação", disse.
Diria que não foi a melhor cara, mas manifestação não teve nenhuma”, disse o deputado.
Comentários