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Terça - 12 de Julho de 2022 às 17:22
Por: Kamila Arruda/Diário de Cuiabá

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A médica Natasha Slhessarenko, que afirma que é pré-candidata ao Senado pelo PSB
A médica Natasha Slhessarenko, que afirma que é pré-candidata ao Senado pelo PSB

A proposta de "palanque aberto" para a disputa ao Senado Federal está movimentando a base governista.

Enquanto uns avaliam a medida, colocada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), como positiva, outros não acreditam que ela seja ideal para os pré-candidatos ao Senado.

O PSB, que tem a empresária Natasha Slhessarenko como pré-candidata, por exemplo, avaliza a proposta.

O deputado estadual Max Russi, presidente da agremiação em Mato Grosso, acredita que essa é a melhor alternativa a ser adotada pelo governador Mauro Mendes para contemplar todos os seus aliados.

“Fiquei muito satisfeito. Acho que é a melhor decisão por parte do Governo, porque valoriza todos que sempre estiverem juntos”, disse o parlamentar.

Desta forma, Russi acredita que o palanque aberto para a disputa valoriza o partido, que não tem representatividade no Governo do Estado, mas integra a base de Mauro.

“Achei a ideia muito boa. Inclusive, já vinha cobrando, há um certo tempo, que Natasha fizesse parte do palanque do governador Mauro Mendes. E, com essa proposta, o PSB será contemplado. O PSB gostou da proposta, aceita a proposta e se sente valorizado com a proposta”, completou Russi.

Já o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), acredita essa possibilidade de palanque aberto beneficiaria apenas o projeto de reeleição do governador, não sendo vantajoso para os candidatos ao Senado.

“Eu acho que é uma possibilidade, já que, segundo a consulta que foi feita junto à Justiça Eleitoral, isso é possível, de ter candidaturas avulsas. Então, se for possível e os candidatos aceitarem, é bom para o governador”, disse.

O parlamentar ainda acrescentou que os candidatos a deputado estadual do grupo governista também podem se beneficiar com a medida.

“Para os candidatos a deputados, também é vantajoso, porque ninguém tem uma base consolidada. Mas o que vai definir isso são os candidatos, se eles aceitam isso. Eu só não vejo que seja bom para os candidatos a senador”, completou.

Em seu entendimento, essa é uma alternativa que está sendo levantada pelo chefe do Executivo estadual e demais partidos aliados, a fim de garantir a permanência de Mendes no comando do Palácio Paiaguás, sem pensar no projeto eleitoral ao Senado de cada agremiação do grupo.

“O Mauro está procurando o lado dele, porque se todo mundo apoiá-lo, vai ser o melhor dos mundos pra ele. Para ele, é excelente”, completou

REUNIÃO - Na noite de segunda-feira (11), os partidos aliados do governador se reuniram para tratar sobre essa possibilidade de ter o palanque aberto para o Senado Federal.

A medida é reflexo da saída do deputado federal Neri Geller (PP) da base governista.

O congressista se aliou com o grupo de esquerda para viabilizar o seu nome para a disputa ao Senado.

Agora, quem parece não estar nada satisfeito com essa possibilidade é o senador Wellington Fagundes (PL), que irá disputar a reeleição, e esperava ser o candidato a senador na chapa encabeçada por Mendes.

De acordo com Max Russi, o descontentamento do senador ficou nítido durante a reunião.

“Até ontem à noite, ele não ofereceu nenhum veto, não fez nenhuma manifestação", disse.

Diria que não foi a melhor cara, mas manifestação não teve nenhuma”, disse o deputado.





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