Fotos de laudo mostram camiseta de agente com furos de bala Alexandre Miysagawa morreu com três tiros disparados pelo vereador, que também é policial

Imagens anexadas ao laudo pericial da Politec mostram a camiseta usada pelo agente Alexandre Miyagawa, no momento da sua morte, crivada de balas. Ao todo foram três disparos que atravessaram de um lado ao outro o corpo.

Uma das balas entrou pelas costas, da direita para a esquerda, a 2cm da borda inferior da escápula na altura da axila. Essa bala atravessou o dorso, entrou e saiu novamente pelo braço esquerdo.

A outra entrou próximo à clavícula do agente (coluna torácica) e teve um percurso de baixo para cima, saindo pela região carotidiana esquerda – na altura do pescoço.

Já a terceira bala entrou pela parte direita das costas, a cerca de 3 cm do bordo inferior da escápula direita. A escápula é um osso na área superior das costas, cuja principal função é de estabilizar e ajudar na realização dos movimentos do ombro.

A bala também atravessou e corpo do agente e saiu do lado direito do peito.

O agente foi morto pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), que é policial militar, no dia 1º de julho em frente a uma distribuidora no Bairro Quilombo.

O parlamentar alegou que agiu em legítima defesa da namorada de Miyagawa, Janaina Sá, e atirou após o agente desobedecer a ordem que largar a arma que empunhava.

Órgãos vitais

O documento mostra que dois dos três disparos atingiram órgãos vitais, causando a sua morte por choque hipovolêmico – grande perda de líquidos e sangue.

Os ógãos atingidos foram o lobo superior do pulmão esquerdo, diafragma, fígado, lobo inferior e médio do pulmão direito, pericárdio (membrana que envolve o coração) e átrio direito (câmaras cardíacas).

A artéria subclávia esquerda também foi dilacerada. Ela é uma das ramificações da aorta, principal veia do corpo que sai do coração.

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Caso Paccola - camiseta