MPE pede cassação de vereador por abuso religioso
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a condenação do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Flori Luiz Binotti (PSD), do vereador Marcos Paulista (PTB) e do pastor Kélio Rocha, da Igreja Quadrangular do município, por abuso de poder econômico, político e religioso. Caso o juízo da 21ª Zona Eleitoral da cidade acate o entendimento do órgão ministerial, o parlamentar pode até mesmo ser cassado do cargo.
De acordo com a ação, Marcos Manoel Barbosa, o Marcos Paulista, e o ex-prefeito do município, Flori Luiz Binotti, derrotado por Miguel Vaz (Cidadania) nas últimas eleições, teriam realizado uma “livemício” em comemoração ao aniversário de 32 anos de Lucas do Rio Verde, com transmissão ao vivo no Facebook da Prefeitura, promovendo promoção pessoal e propaganda eleitoral extemporânea. Marcos Paulista também é acusado de ter descumprido um acordo firmado entre partidos e coligações e realizado uma carreata, em 25 de outubro de 2020.
O entendimento era de que só seria permitida uma única manifestação nesta modalidade, e apenas para candidaturas majoritárias, sendo vedado este tipo de ato para candidaturas proporcionais. O MPE também apontou que Kélio Rocha, na qualidade de Pastor da Igreja Quadrangular, utilizou-se da estrutura da instituição e de suas redes sociais para promover campanha eleitoral em favor da candidatura de Marcos Paulista.
O parlamentar acabou eleito, sendo o sexto vereador mais votado de Lucas do Rio Verde, com 873 votos. “Ante o exposto, o Ministério Público Estadual manifesta pela procedência da presente ação de investigação judicial eleitoral, produzindo os efeitos previstos no art. 22, XIV, da Lei Complementar nº 64/1990, sentenciando em desfavor do sr. Flori e Marcos pelo abuso do poder político e econômico em benefício de ambos candidatos, bem como sentenciando em desfavor do sr. Kelio por abuso de poder religioso”, diz o pedido, assinado pelo promotor de Justiça Eleitoral, Daniel Carvalho Mariano.
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