Apaixonado, empresário de Cuiabá transforma Fusca em bar Edvaldo Souza, o Vadinho, conta sobre sua paixão por fuscas, sua história com o carro e o crescimento desse hobby em Mato Grosso
Os carros podem ser apaixonantes para muita gente. Eles despertam sentimentos como nostalgia, apego e carinho. Os antigos Fuscas, por exemplo, são veículos que até hoje fazem sucesso e são até mesmo venerados.
Edvaldo Souza, conhecido como Vadinho, é um destes apaixonados. Aos dezoito anos, ele adquiriu seu primeiro Fusca, bege. De lá para cá, já teve doze e não hesita ao dizer que o hobby atrai gente de todos os tipos e que não é ultrapassado.
“O Fusca nunca deixou de ser amado, tanto por crianças quanto por idosos. Os jovens estão procurando para comprar e as pessoas de mais idade, que já têm, não vendem”, conta.
Vadinho foi além. Ele estilizou o próprio Fusca, de 1980 do "modelo Itamar", transformando-o em um conversível, no qual vende chopp.
“Em 2020, adquiri esse Fusca. Eu mesmo recortei, fiz todo o trabalho de customização e me interessei pelo lado do chope, porque eu via muita Kombi vendendo chope pela cidade, mas nenhum Fusca. Agora estamos executando mais um projeto, que é o Fusca espeto, e pensamos em construir outros”, explica.
Sobre a customização, ele esclarece que é um trabalho bastante específico e feito em várias etapas. Vadinho realiza esse trabalho de customizar Fuscas atendendo clientes que querem dar um “up” no veículo.
“O trabalho de corte, reforço e acabamento fica em média R$ 5 mil, com a pessoa já nos dando o Fusca. Leva uma média de três meses pra sair bem feito. Com pintura e tapeçaria, fica em média de R$ 15 mil a R$ 20 mil”.
Ele acrescenta dizendo que já chegaram a oferecer R$ 25 mil pelo Fusca, mas que ele não tem interesse em vender. “Minha filha sempre diz que esse Fusca é dela, que não pode vender”.
Como existem muitas pessoas interessadas em Fuscas, é comum acontecerem as “fusqueatas”. Nesse evento, donos de Fuscas e de outros carros antigos se unem em um ponto de encontro na cidade e, em seguida, saem para passear com eles.
MidiaNews
O "Fusca-chopp" de Vadinho
“Geralmente, esses passeios são feitos para Santo Antônio de Leverger e Chapada dos Guimarães. Agora, no Dia Mundial do Fusca [celebrado em junho], teve o passeio para a estrada do Manso. São muitos veículos, em média de 60 a 80. Em todo o Estado há grupos e amantes de Fusca”, conta Vadinho.
Ele relata que a paixão vem crescendo de forma tão consistente que, hoje em dia, é difícil achar um Fusca barato.
“Antigamente, a gente comprava um por um valor de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Hoje, para adquirir um Fusca em ótimo estado, você pode gastar até R$ 100 mil”, relata o admirador.
Para aqueles que desejam iniciar no hobby, Vadinho aconselha que não tenham medo e preconceitos com o carro, porque é uma excelente forma de lazer e diversão.
“A minha indicação é, primeiramente, procurar a galera do clube do Fusca em Cuiabá. Comprar um Fusca bom também é importante para não ter problema. Geralmente, muitas pessoas acham que Fusca é um carro ruim, mas é o mais fácil de dirigir, delicioso para andar, gostoso para ter em casa”, conclui Vadinho.
História
A história do Fusca começa na Alemanha em 1934. Foi quando Ferdinand Porsche foi escolhido por Adolf Hitler para desenvolver um carro compacto e econômico para o povo alemão.
A primeira unidade definitiva saiu da linha de produção em 1940, já com a Segunda Guerra Mundial em curso
O Fusca começou a ser vendido no Brasil em 1950. As peças vinham da Alemanha e o carro era montado aqui.
No dia 3 de janeiro de 1959, foi iniciada a produção do Volkswagen Fusca no Brasil, sendo fabricado com peças nacionais.
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