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Segunda - 25 de Julho de 2022 às 09:36
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Protestos e as campanhas de conscientização pelo fim da violência doméstica são constantes
Protestos e as campanhas de conscientização pelo fim da violência doméstica são constantes

Mato Grosso teve uma redução de 5% nos casos de feminicídio no primeiro semestre deste ano, se comparado ao mesmo período de 2021.

De janeiro a junho do ano passado, o Estado registrou o assassinato de 22 mulheres vítimas de violência doméstica contra 21 feminicídios nos seis primeiros de 2022.

Nos 12 meses do ano passado, 43 mulheres foram vítimas deste tipo de crime.

Para a juíza Tatiane Colombo, da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, que atua há 10 anos na Capital, os números de crime continuam altos, mas ela lembra que a redução de uma morte, entre 2021 e 2022, é um marcador importante na luta pelo fim da violência.

“Cada vida importa. Quando olhamos apenas para o número a redução de feminicídio, parece pouca, mas estamos trabalhando para que esse índice não cresça”, afirma.

Conforme dados divulgados pelo Tribunal de Justiça, entre os municípios que registraram feminicídios neste ano, está Rondonópolis (212 km ao Sull de Cuiabá).

Por lá, foram três casos.

Em abril deste ano, por exemplo, a Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência no Residencial Mathias Neves, onde havia uma vítima de disparo de fogo.

Ao chegarem no local, os militares encontraram a mulher, identificada pelo nome de Silvana dos Santos Silva, 38 anos, caída no fundo da casa, com um ferimento de bala na cabeça, mas ainda respirando.

Não havia mais ninguém no local.

O Serviço Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e prestou os primeiros socorros, a encaminhando para o Hospital Regional.

No entanto, a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ao voltar na residência, a equipe da PM encontrou o marido da vítima, Sidimar Pereira, 40, que havia retornado à casa.

Ele também estava ferido com um disparo de arma de fogo na mão.

À polícia, o marido relatou que estava manuseando a arma no fundo de casa, quando a disparou acidentalmente em sua mão.

Detido, o suspeito ainda entregou mais dez munições que guardava no guarda-roupas.

Os demais casos foram em Colíder (2), Várzea Grande, Alta Floresta, Campo Verde, Curvelândia, Colniza, Confresa, Cuiabá, Juara, Nova Monte Verde, Poconé, Poxoreo, Ribeirão Cascalheira, Rosário Oeste, Sapezal, Sorriso e Vera, com um caso cada.

A magistrada Tatiane Colombo lembra ainda, por meio da assessoria de imprensa, que as autoridades apostam na mudança cultural, de uma sociedade mais igualitária entre homens e mulheres, como uma das saídas do problema.

Por isso, as campanhas de conscientização pelo fim da violência doméstica são constantes.

Além do incentivo para que a vítima denuncie, com a campanha permanente do Poder Judiciário “Quebre o ciclo”, os juízes e juízas investem em atividades de conscientização dos agressores, como a oficina “Papo de homem para homem”.

“Esta atividade dá oportunidade ao Judiciário de entender o que leva o homem a cometer um ato violento contra a sua companheira e ao mesmo tempo trabalha a consciência desse homem como agente de uma violência”, disse.





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