Maggi assina documento e expõe distanciamento de Bolsonaro Movimento foi idealizado depois que presidente voltou a questionar o sistema eleitoral brasileiro
Ex-ministro da Agricultura no governo Michel Temer (MDB), o megaempresário do agronegócio Blairo Maggi (PP) assinou a carta a Carta em Defesa da Democracia, produzida na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Blairo Maggi é a principal liderança do PP em Mato Grosso, mas ainda não se posicionou publicamente quanto a quem irá apoiar para presidência da República.
A carta já possui mais de 600 mil assinaturas. Entre os subscritores estão juristas, autoridades, banqueiros e empresários. Ao assinar o documento, Maggi expõe seu distanciamento em relação a Bolsonaro.
Apesar de não citar o nome do presidente da Republica Jair Bolsonaro (PL), a carta diz que “estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.
Uma polêmica reunião, no dia 18 de julho, entre o presidente e dezenas de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada impulsionou a elaboração da carta.
Na ocasião, Bolsonaro voltou a atacar a credibilidade das urnas eletrônicas, desacreditou o sistema eleitoral, promoveu novas ameaças golpistas e atacou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
O manifesto, inspirado pela Carta aos Brasileiros elaborada em 1977 à época da ditadura, se posiciona duramente contra “ataques infundados e desacompanhados de provas” sobre o processo eleitoral.
“São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”, consta em trecho do documento.
O presidente fez chacota com o manifesto, e em sua conta do twitter escreveu: “manifesto que sou a favor da democracia”.
Veja:
Comentários