PF combate fraudes bancárias eletrônicas em MT e mais 12 estados O montante de fraudes bancárias investigadas totaliza R$ 18,2 milhões. Cuiabá e Cáceres são alvos
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), com apoio e participação das Polícias Civis do Distrito Federal e São Paulo, a Operação "Não seja um laranja".
O objetivo da ação policial é a desarticulação de esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas, mantidas em diversas instituições bancárias do País.
Estão sendo cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 13 Estados e no Distrito Federal.
O estados são Mato Grosso, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
O montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18.158.221,90.
São feitas buscas e apreensões em Cuiabá e em, Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá).
Durante cumprimento de mandado em Cáceres, um homem foi preso em flagrante com 3 kg de maconha e cocaína.
A droga estava escondida em uma c aixa de privada.
A ação é resultado de mais um iniciativa da Força-Tarefa Tentáculos, instituída pela Polícia Federal, para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas, a qual envolve esforço cooperativo e integração com as polícias civis e as instituições bancárias, por meio da Febraban.
Destaca-se o apoio operacional da Unidade Especial de Investigação a Crimes Cibernéticos, a qual iniciou as atividades recentemente e já tem participação em sua segunda operação de grande porte.
Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento.
Este “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam uma infinidade de cidadãos.
Essas pessoas são conhecidas, no jargão policial, como “laranjas”.
A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros e emocionais a milhares de brasileiros.
Em razão disso, o nome da operação, alertando que essa conduta é criminosa.
Os delitos apurados na Operação Não seja um laranja são associação criminosa (art. 288 do Código Penal), furto qualificado mediante fraude (art. 155, § 4º do Código Penal), uso de documento falso (art. 304 do Código Penal) e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.
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