Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Domingo - 07 de Agosto de 2022 às 09:45
Por: Eduardo Gomes/Diário de Cuiabá

    Imprimir


Mayke Toscano/UB
Mauro Mendes e Otaviano Pivetta tiveram as candidaturas homologadas em convenções, na sexta-feira (5), em Cuiabá
Mauro Mendes e Otaviano Pivetta tiveram as candidaturas homologadas em convenções, na sexta-feira (5), em Cuiabá

Distintas, mas com o mesmo objetivo.

Assim foram as convenções do União Brasil e do Republicanos, que, na sexta-feira (5), oficializaram à reeleição as candidaturas do governador Mauro Mendes (UB) e do vice Otaviano Pivetta (Republicanos).

Na primeira, Pivetta justificou a antiga dobradinha que mantém com Mauro, passou a limpo a administração estadual e projetou Mato Grosso para os próximos anos.

Na outra, em clima de euforia política, o governante concentrou a fala sobre a eleição e seus correligionários, sem abrir mão de criticar adversários.

Na convenção do Republicanos, Pivetta justificou a formação de chapa com Mauro Mendes pela terceira vez.

Lembrou que, em 2010, com Mauro Mendes ao Governo e ele de vice, os dois tentaram evitar que "um grupo nocivo" aos interesses mato-grossenses e ao povo continuasse no poder, mas que o eleitorado não entendeu a mensagem, e que o uso da máquina pública facilitou sua continuidade à frente do poder.

Sem citar nomes a referência era ao então governador Silval Barbosa (MDB).

Prosseguindo, o vice citou que, "felizmente", em 2018, Mato Grosso abraçou a chapa que se repetia e que a vitória aconteceu em primeiro turno.

A mesma dobradinha é mantida para as eleições de outubro deste ano.

Pivetta observou que o Estado estava capturado por interesses que não eram da população, a serviço de grandes corporações, inadimplente, com salários atrasados e fornecedores à espera de recebimento.

E que, sob a liderança de Mauro Mendes, com sua participação, o cenário mudou e, em razão dessa mudança, ele pedia ao eleitor mais um contrato de quatro anos para promover mudanças necessárias, que, no mandato em curso, não foram atendidas.

Citando Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), cidade da qual foi prefeito em três mandatos, Pivetta destacou que a complexidade da administração pública não permite grande transformação em quatro anos.

"Lá em Lucas do Rio Verde, demoramos 20 anos para deixá-la como se encontra", afirmou.

Mato Grosso, segundo ele, investe 18% de suas receitas correntes líquidas – cerca de R$ 4 bilhões – em infraestrutura.

Esse montante, corrigido, ao término de 10 anos, somará R$ 40 bilhões, que, com boa aplicação, resultará em melhoria na Saúde Pública, com mais hospitais; na Educação, com mais e melhores escolas; em aumento da malha rodoviária pavimentada; e em outras áreas.

A vitalidade orçamentária, na visão dele, não acontece por acaso.

"É fruto da boa gestão", avalia, e para consegui-la, o Governo Estadual saiu da nota "C", definida pela Secretaria do Tesouro Nacional, para a nota "A", que abre portas a financiamentos e que poucos estados a alcançaram.

Com o volume da produção do agronegócio, Mato Grosso alcança mercados nos quatro cantos do mundo.

Pivetta vê com bons olhos os resultados, mas ele quer mais: busca a equalização para que o rendimento do segmento gere frutos sociais, que ele chama de "capital social".

Nesse contexto, segundo ele, o Estado tem que agir enquanto fomentador e aperfeiçoar a política tributária.

O contraste entre os extremos da população "é gritante", observou Pivetta.

Segundo ele, a pandemia acendeu todas as luzes de advertências para o quadro social mato-grossenses, pois 1,1 milhão de cidadãos recorreram ao auxílio emergencial.

"Estimo que temos um terço da população enfrentando algum tipo de problema por falta ou má renda. No nosso próximo Governo, superaremos esse grave problema", citou.

Pivetta disse ainda que compartilha com o servidor público o bom resultado alcançado pelo Governo, mas admitiu dificuldade para ser vice-governador:

"É muito difícil ser vice de quem tem a caneta. É o exercício diário da paciência", citou, como forma de manifestar sua condição de liderança acostumada a administrar, como o fez em Lucas do Rio Verde.

Mesmo nessa condição, disse que é grande a harmonia entre ele e Mauro Mendes, e que sente orgulho de estar na vida pública servindo a Mato Grosso e a seu país.

Pivetta sonha com um modelo de Estado que seja eficiente, socialmente justo, ecologicamente correto e que coloque o cidadão em primeiro plano.

Alcançá-lo é uma meta que não se concretiza rapidamente, e que para tanto precisa de integração entre os entes federativos e a sociedade civil organizada como um todo.

Parte do que seria esse Estado pode bem ser representada pelas parcerias público-privadas que, em 2003, resultaram na criação do programa Estradeiro, pelo então governador Blairo Maggi, pelo qual Mato Grosso ganhou importante malha rodoviária estadual pavimentada, com recursos do Governo, associação de produtores rurais e prefeituras.

Esse programa surgiu por sugestão de Pivetta, para o asfaltamento da Rodovia da Mudança (MT-449), entre Lucas do Rio Verde e Tapurah.

O enfoque administrativo da fala de Pivetta foi acompanhado com atenção por prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de vários municípios, que foram representados na mesa que dirigiu os trabalhos pela vice-prefeita de Alto Garças (357 km ao Sul de Cuiabá), Angelita Rodrigues da Silva Amorim.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/454091/visualizar/