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Segunda - 08 de Agosto de 2022 às 14:29
Por: Kamila Arruda/Diário de Cuiabá

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Quatro nomes vão para a disputa pelo Palácio Paiaguás, mas o embate fica polarizado entre Mauro Mendes e Márcia Pinheiro (destaque)
Quatro nomes vão para a disputa pelo Palácio Paiaguás, mas o embate fica polarizado entre Mauro Mendes e Márcia Pinheiro (destaque)

As convenções partidárias, realizadas na última sexta-feira (5), em Cuiabá, já demonstraram qual deverá ser o tom da campanha ao Governo do Estado, neste ano.

Apesar de ter quatro postulantes ao comando do Palácio Paiaguás, a disputa ficará polarizada entre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e a primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro (PV).

O discurso de Mauro Mendes, que disputará a reeleição, deverá ser todo voltado para a sua gestão.

O chefe do Executivo Estadual deverá aproveitar a campanha eleitoral para dar destaques às ações adotadas por ele durante esses quase quatro anos à frente do Governo do Estado, especialmente aquelas voltadas para as questões financeira e fiscal.

Ele afirmou que passou os quatro anos de seu Governo focado em equilibrar as contas do Estado e em promover investimentos estruturais, e garantiu que, agora, o trabalho será "falar com o cidadão".

"Vamos falar do presente e do futuro, um Estado mais organizado e eficiente, com cada vez mais oportunidades. Quero falar ao cidadão que podemos manter Mato Grosso no rumo certo e entregar ainda mais: seis novos hospitais, melhor infraestrutura, 40 mil casas populares, mais desenvolvimento, que trará mais empregos e renda. O cidadão vai saber que pode ter certeza de que vamos continuar a levar o Estado no rumo certo", disse o governador, durante convenção partidária realizada na noite de sexta-feira (5), quando ele foi homologado candidato à reeleição.

"Vamos em busca da reeleição para que Mato Grosso continue na direção correta, aplicando corretamente o dinheiro público e fazendo a vida do mato-grossense continuar melhorando, com cada vez mais oportunidades e desenvolvimento", completou Mauro Mendes.

FILA DO OSSINHO - Já Marcia Pinheiro sinalizou que a sua principal bandeira será a questão social, e garantiu que, caso seja eleita em outubro, pretende implementar em Mato Grosso determinados projetos já implantados na Capital, durante a gestão de seu marido, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

"Tudo aquilo que for bom para a população, tudo que investimos e fizemos em Cuiabá, da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, nós levaremos para os quatro cantos de Mato Grosso", afirmou.

Como exemplo principal, ela citou alguns projetos sociais, como o "Cuiabá de Prato Cheio".

"Nós temos aqui a fila dos ossinhos... Nós cuidaremos para que não tenhamos mais. Vamos implementar o Cuiabá de Prato Cheio em todo o Mato Grosso, para que as pessoas que estão necessitadas não passem fome", completou.

A primeira-dama teve sua candidatura homologadas em convenção da frente de esquerda, formada pelo PT, PV, PCdoB, PSD e PP, além da Rede Sustentabilidade, na última sexta-feira (05).

OPOSIÇÃO - Mauro Mendes encara a disputa com o objetivoo de permanecer à frente do Palácio Paiaguá, e Márcia Pinheiro surgiu como nome da oposição para tentar desbancar o atual governador.

Além dos discursos propositivos, o que também não deve faltar nesta campanha é a troca de farpas.

Mauro Mendes deve associar, a todo momento, o nome de sua concorrente aos escândalos de corrupção envolvendo o prefeito da Capital.

"Nós fizemos nossa parte, trabalhamos muito e com seriedade, honestidade. Aplicamos corretamente o dinheiro público e isso conta muito. Sabemos muito bem o nome de um político corrupto. E políticos que são corruptos trazem uma tormenta para a população”, disse ele, se referindo ao prefeito da Capital.

Apesar disso, Mauro afirmou que não irá entrar em confronto direto com Márcia ou qualquer outro candidato.

"O meu debate não é com os adversários, é para convencer o eleitor e o cidadão daquilo que nós fizemos e aquilo que iremos fazer nos próximos anos", completou.

Vale lembrar que Emanuel e Mauro são inimigos políticos e protagonizam uma batalha há muitos anos em Mato Grosso.

Esse, inclusive, foi um dos motivos que fizeram com que o chefe do Executivo Municipal se aliasseàa federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB).

Márcia, por sua vez, já deixou claro que a principal bandeira será a questão social, além de ações voltadas para as mulheres, mas também em atacar os pontos fracos da gestão estadual.

No discurso durante ato político do grupo de esquerda em Mato Grosso, ela citou, por várias, o combate à fome, dando como exemplo a fila dos ossinhos, que se forma em um bairro de Cuiabá, quando pessoas aguardam doação de ossos por um açougue.

A candidata atacou Mauro Mendes diretamente ao afirmar que o Estado não tem que ter lucro, "tem que ter dinheiro para investimento".

"Esse dinheiro tem que ser revertido para a população e não está sendo. Nós não podemos ter fila dos ossinhos com um caixa abarrotado de dinheiro", disse.

Márcia também dedicou parte do discurso para falar aos servidores públicos, classe que representa o principal calcanhar de Aquiles da atual gestão estadual.

“Precisamos, também, cuidar dos nossos funcionários públicos que são humilhados, aos nossos aposentados taxados. É uma vergonha, depois de contribuir uma vida inteira, no momento da aposentadoria, tiram uma fatia da sua renda que é tão necessária. Não podemos deixar isso acontecer, temos que acabar com isso”, completou.

A campanha eleitoral começa, de fato, no próximo dia 16.

Além do governador e da primeira-dama de Cuiabá, ainda disputam o comando do Palácio Paiaguás Moisés Franz (PSol), o advogado Doutor Eduardo Costa e Silva (SD), e o pastor Marcos Ritela (PTB).





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