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Quinta - 01 de Setembro de 2022 às 17:42
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Neste ano, já foram registrados 816 casos de dengue na Capital, o que representa um aumento de 16,9%
Neste ano, já foram registrados 816 casos de dengue na Capital, o que representa um aumento de 16,9%

Dos 238 bairros cadastrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 175 registraram casos de dengue neste ano, em Cuiabá.

Chama a atenção que, do total, o bairro Pedra 90 apresentou o maior percentual de notificações, sendo responsável por 39,2% dos registros da doença.

Para a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, o dado reforça a necessidade de ações continuadas de prevenção e controle nessa localidade.

A preocupação aumenta com a proximidade da chegada do verão, estação do ano em que as chuvas frequentes e as altas temperaturas são propícias para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue e também da zika e chikungunya.

Os dados constam no boletim da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e referem-se até a 30º semana deste ano, o que corresponde ao período de 2 de janeiro a 30 de julho passado.

Até então, foi registrado um óbito suspeito por dengue, porém ainda não foi confirmado, ou seja, segue em investigação.

Segundo o levantamento, em 2020, a Capital registrou 787 casos de dengue.

Em 2021, esse número caiu (-16,2) para 677 e, neste ano, já são 816 casos, o que representa um aumento de 16,9% em relação ao ano passado.

O coeficiente de incidência é de 140,7 casos por 100 mil habitantes.

O relatório mostra ainda que os casos da doença ocorreram na grande maioria no sexo feminino e mais de 50% dos casos estão entre 20 a 49 anos de idade, faixa etária de maior produção econômica, suscitando ações a serem desenvolvidas nos ambientes de trabalho, principalmente pelo hábito diurno do Aedes.

Quanto à necessidade de hospitalização dos casos classificados como dengue, apenas 1,8% foram internados.

“Este número representa a possibilidade de os casos mais leves serem monitorados na atenção primária, desde que o diagnostico seja oportuno e o manejo e acompanhamento adequados”, aponta o relatório.

Também dos casos que apresentaram sinais e sintomas de gravidade, menos de 20% não precisou de hospitalização.

“A maioria desses pacientes foi hospitalizada para uma melhor assistência de acordo com a evolução clínica”, frisa.

Quanto à chikungunya, Cuiabá tem 15 casos notificados da doença, o que representa uma incidência de 2,6 casos por 100 mil pessoas.

Dos 238 bairros, 127 registram a doença e o Pedra 90 respondeu por 22% das notificações.

Já em relação à zika, são sete casos, ou seja, 1,2 casos/100 mil.

PREVENÇÃO - Para evitar o avanço dos três agravos, o combate ao inseto deve ser coletivo e contínuo, uma vez que 80% dos criadouros estão em residências e os ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos.

A população pode fazer sua parte eliminando os recipientes que acumulem água, cuidando de áreas externas.

E também colaborar com a ação dos agentes de endemia do município, deixando que eles entrem e façam a inspeção nos quintais das residências.





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