Quatro presos fogem de cadeia de Poconé
Quatro presidiários que cumprem penas por homicídio, furto e roubo fugiram da Cadeia Pública de Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá) nesta terça-feira (24), porém, 1 deles foi recapturado instantes depois da fuga, ainda nas imediações da unidade prisional que a exemplo da maior parte dos presídios de Mato Grosso, também enfrenta problemas de superlotação. A fuga, conforme o diretor substituto na unidade, Marcos Campos, ocorreu por volta das 17h, quando os presos voltavam do banho de sol.
No momento da fuga, só havia 1 agente na unidade, motivo pelo qual até o diretor da cadeia precisou ajudar o servidor a conter o tumulto e fechar a porta da cela evitando que mais presos fugissem.
A tática usada pelos fugitivos, segundo o diretor da unidade, é conhecida entre eles como “cavalo doido”, pois consiste em avançar todos de uma só vez contra o agente no momento em que este abre a tranca da cela, chamada de bigorna e “atropelar” tudo o que encontram pela frente. Após conseguirem escapar da cela, os detentos ainda pularam o muro externo da cadeia, de cerca de 4 metros e ganharam a rua.
Continuam foragidos Anilton Ferreira, preso por homicídio, Cristiano de Prado preso por furto e roubo e Manoel Batista que também responde pelo crime de furto. O fugitivo recapturado é Claudio Reis, acusado por furto. Ele foi preso ainda na região da cadeia trajando o uniforme da cadeia, de cor amarela. A Polícia Militar também foi acionada para realizar rondas à procura dos fugitivos.
Conforme Marcos Campos que responde pela unidade enquanto o diretor titular está em férias, a unidade com capacidade para 20 detentos comporta atualmente 46 presidiários. Contudo, a população carcerária de Poconé é de 89 presos, uma vez que existem outros 43 detentos em regime de albergue cumprindo pena nas celas da delegacia da cidade. O efetivo de 8 agentes penitenciários é pequeno, explica o servidor, o que coloca em risco a vida de todos os funcionários da unidade, uma vez que precisam trabalhar em regime de plantão. “Existem plantões em que apenas 1 agente fica responsável pelos trabalhos em toda a cadeia”, denuncia o diretor que precisou ajudar o único servidor que trabalhava no momento da fuga a conter a confusão.
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