Silval divide responsabilidade com Dilma e órgãos para rebater críticas

   As declarações acontecem após o promotor Clovis Almeida Júnior anunciar que está fazendo investigação sobre o endividamento contraído para implantar o VLT. Mesmo assim, o peemedebista disse não querer polemizar a questão. Já em relação ao ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro, o governador voltou a citá-lo como exemplo de que há equívocos nas informações que o governo federal tem sobre o andamento das obras.

  Ele, contudo, viu um lado positivo na polêmica. Graças ao episódio, segundo Silval, o ministro assinou documento que emperrava uma das obras da Avenida Mário Andreaza. De acordo com o governador, o documento estava em Brasília há mais de 70 dias esperando Aguinaldo rubricar. “Nem todos os ministérios que estão na Gecopa estão comprometidos como os ministros e a presidente Dilma Rousseff”, cutucou.

  Apesar de todas as problemáticas, o governador está otimista para o término das obras do VLT. Disse que a equipe da empresa concessionária VLT Cuiabá quer fazer da obra referência internacional. Durante “pronunciamento”, Silval voltou a lamentar as barreiras que teve que passar devido às obras da Copa do Mundo. “Para parar em pé do jeito que paramos hoje, não pode imaginar o que passamos”. Ele lembrou, por exemplo, da extinção da Agecopa para criação da Secopa, do escândalo do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, demitido juntamente com o ex-diretor Dnit Luiz Antônio Pagot.

  Matrizes

  Buscando tranqüilizar a população, Silval apresentou uma espécie de resumo sobre as matrizes de responsabilidades tratadas com a Fifa e as demais obras que acontecem paralelamente, mas que não têm a “obrigação” de ficarem prontas para o evento.

  Segundo o peemedebista são apenas 6 obras que devem ser concluídas até os jogos mundiais sendo elas o estádio e as obras em torno do estádio; o Fan Park, cuja exigência se refere a área pavimentada, água e rede de esgoto; 2 centros de treinamento, que estão em processo de licitação; a mobilidade urbana, que acontece com o VLT; e o aeroporto, sendo que a última etapa está em processo de licitação.

  Silval esclarece que as trincheiras, viadutos, pontes e pavimentações não estão na matriz de responsabilidade com a Fifa e, por isso, não vão interferir no fato de Cuiabá continuar ou não como uma das sedes dos jogos.

  Buscando minimizar as polêmicas, Silval também fez questão de dizer que Mato Grosso está sendo referência sobre o modelo de licitação RDC, que é mais flexível comparado ao regime tradicional. Ele revela, inclusive, que há uma equipe do ministério das Cidades, com 15 pessoas, aprendendo como funciona o RDC, já que o modelo vai ser implantado para as obras do PAC e contou também que outra equipe do Dnit também pediu auxílio da equipe responsável pela licitação diferenciada.