Imea aponta alta anual de 15% na cesta básica de Cuiabá Imea aponta alta anual de 15% na cesta básica de Cuiabá
A cesta básica de Cuiabá atingiu preço médio de R$ 705,91 em agosto.
Na comparação anual, com o mesmo mês do ano passado, há incremento de 15% sobre a média de R$ 613,89, contabilizada em igual momento do ano passado, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Com a variação, o conjunto de alimentos básicos foi o mais caro do Centro-Oeste e o quinto do País.
Com uma cesta básica acima de R$ 705, o valor despedido pelo cuiabano para aquisição de alimentos básicos ainda representa mais da metade do salário mínimo líquido – descontado 7,5% da Previdência Social – que fica em R$ 1.121.
Frente a esse valor, a cesta básica representa, na Capital, pouco mais de 58% do piso nacional.
Em relação ao registrado pelo Imea em julho, quando a cesta teve valor médio de R$ 696, a variação mensal aponta alta de 1,42%.
Na frente de Cuiabá, estão as cestas básicas de São Paulo – a mais cara do Brasil em agosto –, a R$ 749,78, seguida por Porto Alegre, de R$ 748,06, Florianópolis, R$ 746,21 e Rio de Janeiro, R$ 717,82, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Desde janeiro de 2016, o Dieese suspendeu a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos na capital mato-grossense, avaliação mensal que vem sendo realizada pelo Imea, que adota a mesma metodologia do departamento e, por isso, é possível inserir Cuiabá no contexto nacional.
No entanto, o Imea alterou a forma de divulgação dos preços da cesta básica há mais de ano e, por isso, não é possível saber quais alimentos contribuíram para o avanço anual do preço.
O conjunto de alimentos é formado por 13 itens básicos, que são suficientes para alimentação de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, por 30 dias.
DIEESE – Em agosto, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre julho e agosto, as reduções mais expressivas ocorreram em Recife (-3,00%), Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%).
A comparação do valor da cesta entre agosto de 2022 e agosto de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 12,55%, em Porto Alegre, e 21,71%, em Recife.
Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, com destaque para as variações de Belém (14%), Aracaju (12,87%) e Recife (12,35%).
Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em agosto de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.298,91, ou 5,20 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Em julho, o valor necessário era de R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o piso mínimo.
Em agosto de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.583,90, ou 5,08 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.
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