Igreja católica busca voluntários para rezar em velórios Padre Aloir, da Paróquia do Rosário e São Benedito, destaca importância da oração para quem morre e quem perde o ente
A Igreja Católica está em busca de fiéis que queiram se voluntariar para rezar em velórios nas capelas mortuárias, em Cuiabá e Várzea Grande.
De acordo com levantamento recente, são necessários pelo menos 75 voluntários, homens e mulheres, para os dois municípios.
Isso, para atender à demanda das famílias que solicitam visita ou os velórios teriam de ser visitados.
Em Cuiabá, os voluntários vão à Central Funerária, conferem os nomes dos mortos e se aproximam de algum parente ou amigo próximo para oferecer a oração.
Quem está à frente dessa campanha é o padre Aloir Pacini, da Paróquia do Rosário e São Benedito, em Cuiabá.
Aqueles que se voluntariarem vão atuar por meio da Pastoral da Esperança e Consolação.
Esta é a denominação do movimento religioso que acompanha os velórios, promove orações e cantos condizentes ao momento de dor e sofrimento.
O padre Aloir explica que a proposta da campanha visa a atender todas as comunidades religiosas que integram a Arquidiocese de Cuiabá.
E, ainda, a reorganização da distribuição dos voluntários, para evitar que uma determinada região fique descoberta.
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Os voluntários atendem chamados ou visitam espontaneamente as capelas mortuárias, oferecendo a oração
Ou seja, sem a assistência de orações nos velórios, enquanto em outras as visitas ocorram mais de uma vez.
Para integrar essa pastoral, informa, o voluntário deve ter 21 anos ou mais, ser católico e ter participação regular nas atividades da igreja.
E, principalmente, estar disposto a contribuir, fazer uso da fé na pregação do Evangelho, da palavra de Deus, em uma atividade que pode amenizar a dor da perda.
“Estar disposto e com desejo de acolher, consolar e acalmar”, observa o religioso.
A capacitação para o serviço, diz ele, a igreja oferece por meio de cursos específicos.
Os voluntários dessa pastoral trabalham em dupla, se apresentam uniformizados e fazem um plantão por mês.
Eles atendem chamados ou visitam espontaneamente as capelas mortuárias, oferecendo a oração.
Aloir Pacini, que também se faz presente quando a família solicita um padre nas exéquias (nome das cerimônias de homenagens aos mortos), destaca a importância da oração para ambos, quem morre e quem perde o ente querido.
Ele diz que a celebração permite que a morte seja elevada à perspectiva da ressurreição, o que pode fazer a diferença no entendimento e aceitação da perda.
Com o trabalho da Pastoral da Esperança e Consolação a igreja mostra que morrer não é o fim.
Que, mesmo com o corpo sendo devolvido à terra e a matéria se desfazendo, espiritualmente, aquela pessoa vive, explica ele.
Nas orações, lembra o padre, é feita a encomendação da pessoa a Deus.
A morte é uma passagem, o caminho que leva à ressurreição.
Aqueles que quiserem se candidatar como voluntários, podem procurar a secretaria da Paróquia do Rosário e São Benedito ou da igreja do bairro onde mora ou frequenta.
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