'Foi uma eleição historicamente diferente para MT', aponta analista político Alfredo da Mota Menezes avalia cenário de candidatos eleitos como deputado federal, deputado estadual, governador e o segundo turno para presidente.
As eleições deste ano mostraram um cenário historicamente diferente para Mato Grosso. É o que afirma o analista político e historiador Alfredo da Mota Menezes. A votação aconteceu nesse domingo (2), com horário unificado em todo o país.
No estado, 1.889.012 pessoas compareceram às zonas eleitorais, o que corresponde a 76,60% dos eleitores aptos a votar. As seções apresentaram longas filas e demora na hora da votação. No entanto, outros 576.914 eleitores -- ou 23,40% -- não compareceram às urnas no primeiro turno.
Na Câmara Federal, o estado conta com oito cadeiras que serão ocupadas pelos candidatos eleitos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 300 postulantes disputaram o pleito por uma vaga no Parlamento.
Segundo Menezes, a representação mato-grossense na Câmara Federal teve uma renovação inédita.
"Houve uma renovação muito alta, apenas três continuaram e cinco são novos. Chama a atenção o caso do deputado federal Carlos Bezerra (MDB). Ele esteve muito tempo na Câmara e tem uma despedida até melancólica, porque, com o nome que tem, não precisava passar por esse momento.
O analista destacou também a situação da deputada federal Rosa Neide (PT), que não conseguiu a reeleição.
"Teve mais de 120 mil votos, mas não teve voto de legenda suficiente para ser reeleita", explicou.
Na Assembleia Legislativa, contudo, houve um cenário diferente. De acordo com Menezes, o número de novos candidatos eleitos para assumir uma vaga como deputado estadual em 2023 foi menor.
"A renovação foi pequena. São 18 deputados estaduais que continuaram no mandato e seis são novos. Uma situação praticamente inédita em Mato Grosso", afirmou.
Para o governo estadual, Menezes avaliou que ocorreu aquilo que as pesquisas apontavam. Porém, com a divulgação dos resultados das urnas, houve uma novidade.
"A surpresa foi o pastor Marcos Ritela (PTB), que quase passou a Márcia Pinheiro (PV)", disse.
Segundo ele, o que vai realmente acender alerta será o segundo turno para a corrida presidencial.
"Tem algo de diferente na eleição de Mato Grosso, mas o que vai pegar mesmo, seja aqui no estado, seja no país todo, é o segundo turno entre Lula e Bolsonaro", contou.
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