Paccola quer voltar, ameaça prefeito e cita "quadrilha" na Câmara Ele aponta vereadores que seriam corruptos no Legislativo cuiabano e voltar a mirar Emanuel Pinheiro
Cassado por quebra de decoro, o vereador Tenente-Coronel Marcos Paccola (Republicanos) prometeu derrubar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e alguns vereadores da Capital, os quais ele acusa de corrupção.
Nesta quinta-feira (6), o parlamentar disse que confia no seu retorno ao Parlamento Municipal, e garantiu que irá desarticular esse grupo que ele classifica como “quadrilha”.
“Precisamos voltar ainda mais fortes. Temos uma quadrilha para derrubar em Cuiabá. E, agora, é uma questão de honra, não só pisar no rabo como pisar na cabeça da serpente. Vou voltar ainda mais forte, vou voltar ainda maior”, disse, em vídeos publicado em suas redes sociais.
Na quarta-feira (5), na sessão que votou e cassou seu mandato, Paccola apontou para a existência dessa "quadrilha" no Legislativo de Cuiabá.
“Com alguns aqui eu não me decepcionei. Mas, com o vereador Lilo Pinheiro, Sargento Vidal e Rodrigo Arruda e Sá, eu me decepcionei muito. Eu não acreditava que os senhores faziam parte da maior organização criminosa que existe em Cuiabá. E eu vou provar. Um por um. Inclusive, o senhor, presidente”, disse ele, se dirigindo ao vereador Juca do Guaraná (MDB), eleito deputado estadual.
Marcos Paccola foi cassado por 13 votos, em sessão extraordinária.
A medida é reflexo da morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos.
O servidor público foi morto com três tiros pelas costas pelo parlamentar, em 1º de julho deste ano.
Adevair Cabral, Chico 2000, Dr. Licínio, Ricardo Saad, Edna Sampaio, Juca do Guaraná, Kássio Coelho, Lilo Pinheiro, Marcus Brito Júnior, Mário Nadaf, Rodrigo de Sá, Sargento Vidal e Wilson Kero Kero votaram pela cassação de Paccola.
Demilson Nogueira, Paulo Peixe, Renato Mota, Sargento Joelson e o próprio Paccola votaram contra cassação.
Se abstiveram da votação Luiz Fernando Guimarães, Felipe Corrêa e Michelly Alencar.
Os vereadores Didimo Vovô, Marcrean Santos, Paulo Henrique e Cezinha Nascimento não compareceram à sessão.
“Não tem sensação melhor do que você poder andar de cabeça erguida e ver aqueles que votaram pela sua cassação moribundo ,chutando pedrinhas no chão”, completou Paccola.
EMANUEL NA MIRA - A briga de Marcos Paccola com Emanuel Pinheiro vem desde o começo da legislatura na Câmara de Cuiabá.
No ano passado, Paccola encaminhou à presidência um requerimento pedundo a criação de uma comissão processante contra o prefeito, por suposta infração política-administrativa e quebra de decoro.
Com a comissão, Paccola queria cassar o mandato de Emanuel.
Paccola embasou o pedido nos documentos colhidos durante a investigação da CPI da Saúde na Câmara de Cuiabá, da qual foi relator.
Segundo ele, foi identificado um “mecanismo” na administração da Capital que, em tese, teria facilitado fraudes em processos licitatórios.
Quando somados, os valores ultrapassam R$ 200 milhões.
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