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Cerca de 65% da carne bovina produzida em Mato Grosso é consumida no mercado interno Especialistas contam como produzir e manter uma carne de qualidade.
Cerca de 65% da carne produzida em Mato Grosso é consumida no mercado interno. O estado, também, é o maior exportador do país. A busca por avanços na qualidade, é uma constante e, envolve um trabalho de manejo, desde o nascimento do animal, até o processamento, manipulação e consumo da carne.
Segundo o professor de engenharia de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sérgio Pflanzer, a carne pode ser consumida até mal passada, pela quantidade de mioglobina e ferro proteico que ela contém.
“O consumidor está isento de qualquer risco, do ponto de vista microbiológico, ao consumir carne mal passada”, disse.
O professor conta que os animais não recebem nenhuma substância anabolizante.
“Elas são proibidas no território nacional para qualquer espécie com o objetivo de promover o crescimento animal”, explicou.
Ainda segundo Pflanzer, no entanto, o gado recebe doses de antibióticos, o que segundo ele, se diferencia dos medicamentos utilizados por humanos.
“Eles não trazem nenhum problema sério para a saúde humana, além disso, é importante destacar que existe um plano nacional, de controle de resíduos químicos, de medicamentos e de produtos de origem vegetal e em produtos de origem animal, incluindo a carne”, ressaltou.
![Em Mato Grosso, os animais não recebem nenhuma substância anabolizante — Foto: Globo Rural](https://s2.glbimg.com/N1j4M6J8W1Y1vTV0mbZ7thjOOHs=/0x0:640x360/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/A/L/72tNIeQnKG6i0qOdjEUg/araguaia.jpg)
Em Mato Grosso, os animais não recebem nenhuma substância anabolizante — Foto: Globo Rural
Ele ainda explica que para produzir uma carne de qualidade e, para atender as expectativas do consumidor, várias etapas devem ser seguidas.
“Tem que analisar aquilo que é de responsabilidade do produtor, da indústria, do transporte da carne, do varejo e até mesmo do próprio consumidor ou do restaurante, por exemplo. Todos eles têm um papel fundamental em garantir, ou conseguir extrair o melhor dessa carne”, concluiu.
Além de atender mercados interno, o estado exporta para a China, Chile, Europa e Oriente Médio. Segundo a supervisora geral de um frigorífico, Juliana Nicolau, todos os processos são feitos dentro do refrigerador, desde o abate até o embalamento.
“Aqui a gente tem a recepção dos animais, o abate, a desossa, os setores de miúdos, de triparia e temos também engraxaria”, explicou.
De acordo com a médica veterinária e responsável técnica do frigorífico, Laura Moura, há monitores em todos os setores, assegurando todo o processo produtivo.
“Durante a embalagem, o ambiente, onde os colaboradores ficam, para fazer essas embalagens, tem que estar mais frio, os colaboradores têm que estar bem equipados, com luvas, para que a segurança alimentar seja feita”, disse.
Ela ainda conta que os produtos são enviados com uma rotulagem, com o selo de inspeção. Além de todos os caminhões frigorificados, também, serem mantidos sobre uma refrigeração, para manter a carne, que saiu congelada, dentro da mesma temperatura de expedição, o mesmo acontece com as carnes resfriadas.
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