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Internacional
Terça - 24 de Julho de 2012 às 09:55

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Os intensos combates entre os rebeldes e as forças do governo da Síria, que afligem a cidade de Alepo pelo quarto dia seguido, estão se espalhando por mais bairros nesta terça-feira, mostrando a resistência da ofensiva rebelde em um dos baluartes do regime do presidente Bashar Assad.

 

 

As forças oposicionistas recentemente tomaram a iniciativa nesta sangrenta guerra civil, que começou em março de 2011 e até agora matou mais de 19 mil pessoas, de acordo com ativistas. Nas últimas duas semanas, os rebeldes levaram a luta contra o regime de Assad até as duas maiores cidades da Síria, Damasco e Alepo, mataram quatro altos funcionários de segurança e capturaram uma série de postos de fronteira com o Iraque e a Turquia.

 

A agência de notícias estatal afirmou que nesta terça-feira as tropas do governo estão enfrentando rebeldes nos bairros de Salaheddine and Sukkari, em Alepo, e que infligiram grandes perdas. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, confirmou a propagação dos confrontos para bairros antes pacíficos, e também denunciou bombardeios realizados pelo Exército.

 

Damasco, que foi palco de um ataque rebelde ainda mais intenso na semana passada, parece ter voltado ao controle do governo após as tropas terem vasculhado algumas vizinhanças, bombardeado outras, e assim expulsando os rebeldes.

 

A Síria alertou a comunidade internacional na segunda-feira de que possui armas químicas e que as usaria em caso de agressão estrangeira - mas não contra os próprios sírios. Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama disse que "dado os estoques de armas químicas do regime, nós vamos continuar a deixar claro para Assad e aqueles ao seu redor que o mundo está observando, e que eles serão responsabilizados pela comunidade internacional e pelos EUA caso cometam o trágico erro de utilizar tais armas."

 

A Síria está cada vez mais isolada internacionalmente, contando apenas com o apoio do Irã na região e com a China e a Rússia protegendo-a contra sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A maioria dos seus vizinhos, entretanto, são hostis, incluindo a Turquia, a maior potência regional. Em comício político realizado no final da segunda-feira, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, previu o fim do governo de Assad. "Esse regime vai cair cedo ou tarde. Nós acreditamos que o povo da Síria cada vez mais perto da vitória."

 

Enquanto isso, a TV estatal da Arábia Saudita anunciou que o governo coletou cerca de $ 32,5 milhões em donativos em campanha para ajudar "nossos irmãos na Síria" e que o país prometeu financiar o movimento de oposição. Em resposta, um comandante da poderosa Guarda Revolucionaria do Irã ameaçou com retaliações os países árabes que intervirem na Síria. As informações são da Associated Press.






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