“Pedir intervenção militar é fora da realidade, não é legal” Presidente da Assembleia Legislativa diz que viveu os tempos da ditadura militar no Brasil
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) afirmou que a defesa por intervenção militar por parte de manifestantes bolsonaristas é inconstitucional.
“Você pedir intervenção militar é totalmente contrário [à legislação]. Isso não esta previsto na Constituição, é totalmente ilegal”, afirmou.
Parte do grupo que integra as manifestações que ocorrem desde o último domingo (30), contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial, pede “intervenção federal” e “acionamento das Forças Armadas”.
Botelho relembrou que, enquanto estudante da Universidade Federal de Mato Grosso, chegou a participar de manifestações contra a ditadura militar (1964-1985). Para ele, quem pede a volta do regime é “fora da realidade”.
“Eu participei da primeira greve que teve na UFMT em 1978 contra o regime militar. Eu sei o que é uma ditadura. Ninguém quer isso mais, isso não é legal, não é bom. Não é constitucional. Quem pede isso está fora da realidade”, afirmou.
Questionado sobre a legalidade das manifestações bolsonaristas, Botelho disse ser favorável, mas pondera que é contrário a obstruções de vias.
“Protestar contra o resultado das eleições, porque queria que o presidente Bolsonaro continuasse, beleza. Mas pedir intervenção militar, não. [O protesto] faz parte do jogo democrático. [...] Agora, desde que não ele não atrapalhe o direito de ir e vir de ninguém, deixe eles gritando”, disse.
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