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Quarta - 09 de Novembro de 2022 às 10:29
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Marcelo Casal Jr Agência Brasil
Em Mato Grosso, o percentual dos resultados positivos para o coronavírus saltou de 3% para 18% - ou seja, seis vezes mais
Em Mato Grosso, o percentual dos resultados positivos para o coronavírus saltou de 3% para 18% - ou seja, seis vezes mais

Após um período de trégua, laboratórios particulares e farmácias vêm registrando aumento nos testes positivos para Covid-19, nas últimas semanas, em todo país.

Em Mato Grosso, o percentual dos resultados positivos para o coronavírus saltou de 3% para 18% - ou seja, seis vezes mais -, na semana epidemiológica de 22 a 29 de outubro passado.

É o que mostram análises do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com base em testes feitos pelos laboratórios privados.

O ITpS é uma entidade sem fins lucrativos, que monitora a chegada e a disseminação da variante ômicron no Brasil, desde dezembro do ano passado.

Em nível nacional, os dados apontam um salto de 3% para 17% no índice de testes positivos para o SARS-CoV-2, vírus causador da doença, coletados pelo Dasa, DB Molecular e HLAGyn.

O cenário é classificado pelos epidemiologistas como um "alerta" para uma possível nova onda de casos da doença no país.

“É importante observar que o aumento de casos não levará necessariamente a um crescimento de hospitalizações, uma vez que boa parte da população está vacinada. Não é esperado que tenhamos o impacto das ondas anteriores. Mas recomendamos o uso de máscaras em locais com aglomeração”, afirma o pesquisador científico Marcelo Bragatte, do ITpS.

Além de Mato Grosso, na última semana epidemiológica, de 22 a 29 de outubro, outros dois estados apresentaram alta expressiva de casos.

Em São Paulo, o índice subiu de 10% para 19% (quase duas vezes) e, no Rio de Janeiro, de 15% para 26%.

Segundo o levantamento, apenas as faixas etárias abaixo de 19 anos têm positividade até 8%. Nas demais, a taxa é acima de 19%.

Os especialistas reforçam que não há motivo para desespero, pois ainda não se sabe a gravidade da onda ou se os casos provocarão mais internações e óbitos.

Contudo, é preciso lembrar que a adesão às doses de reforço contra a doença tem sido baixa.

No Estado, 2,8 milhões de pessoas tomaram a primeira dose contra a Covid-19 desde o início da campanha de imunização.

Do total, 2,5 milhões receberam a segunda dose e 1,2 milhão a aplicação de reforço, o que representa apenas 49,02%, conforme dados do ranking de desempenho disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo o boletim, 1,2 milhão de moradores mato-grossenses ainda não procuraram o posto de saúde para receber o reforço.

Em Mato Grosso, já são 840.030 casos confirmados, sendo 824.234 recuperados e 15.251 óbitos em decorrência da doença, conforme boletim divulgado na tarde de terça-feira (8), pela Secretaria de Saúde.

Ainda, conforme o Instituto, os testes RT-PCR Thermo Fisher, utilizados pelos laboratórios parceiros, apontaram as variantes ômicron BA.4 e BA.5 em 93,5% das amostras positivas na última semana, no início de outubro o percentual era de 97,9%.

Casos prováveis de outras variantes, incluindo a ômicron BA.2, representaram 6,5%.

NOVA SUBVARIANTE - No último final de semana, uma nova sublinhagem da variante de preocupação ômicron, chamada de BQ.1, foi identificada no Rio de Janeiro (RJ).

A cepa já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, o que fortalece a suposição de que ela já circula em diferentes locais do país.

Na terça-feira (8), São Paulo confirmou dois casos da subvariante BQ.1.

Uma paciente estava internada e morreu no dia 17 de outubro.

A vítima é uma mulher de 72 anos, que sofria de diversas comorbidades e fazia parte do grupo de risco para a doença.

O outro caso se deu em um homem de 61 anos, que não teve mais complicações.





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